Enviada em: 24/05/2019

Funcionando conforme a Primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força atue sobre ele mudando o seu curso, observa-se que diante de mesma ótica, os entraves ocasionados pela pirataria são problemas que continuam a persistir em nossa sociedade. Com isso, ao invés de funcionar como a força capaz de muda-los, a combinação de fatores como a globalização e a negligência pessoal, configuram-se como agentes agravantes da situação.       Em primeiro plano, é preciso atentar para a questão da revolução técnico-científica ocorrida no início do século XXI, que promoveu verdadeira integração dos países do globo ao se reduzir as distâncias através da internet. Entretanto, a globalização também possibilitou o surgimento e crescimento da pirataria virtual, uma das maiores geradoras de prejuízos para os produtores de conteúdo, dentre eles tem-se a indústria cinematográfica como uma das principais afetadas. Visto que, de acordo com dados do Fórum Nacional Contra Pirataria (FNCP), sites que disponibilizam filmes e séries de terceiros obtiveram quase dois bilhões de acesso em menos de um ano. Diante disso, a modernização dos meios de comunicação acaba contribuindo com a permanência dos transtornos ocasionados pelas falsificações, assim como o corpo que continua em movimento pela Lei da Inércia.       Ademais, o descaso que parte dos indivíduos possuem em relação a pirataria colabora para deixar a situação ainda mais fora de controle, visto que obtenção de itens falsificados só aumenta ano após ano. Pois, segundo o relatório anual divulgado pela empresa britânica Muso, o Brasil está no topo do Ranking entre os países que mais consomem conteúdos ilegais. De fato, conclui-se que tal atitude se relaciona ao conceito de banalização do mal trazido pela socióloga Hannah Arendt: quando um ato ilícito ocorre constantemente, as pessoas param de vê-lo como errado.        Portanto, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que alterem esse cenário, tais como: a redução de impostos feita por meio leis criadas na Câmara dos Deputados, sobre os produtos mais alvos da pirataria virtual, como os da indústria do entretenimento, para que a redução do preço funcione como um forte atrativo para o obtenção do conteúdo original. Além disso, o Governo Federal através de seu órgão oficial de publicidade (SECOM), deve divulgar propagandas em todos os meios de comunicação, alertando a população sobre os perigos e consequências de se contribuir com o consumo de itens ilegais - focando em dados estatísticos para gerar comoção. Deste modo, será possível encontrar um meio que funcione como a força definida por Newton, capaz de realizar a mudança no percurso do problema da pirataria de sua permanecia para sua extinção.