A PIRATARIA FINANCIA AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS Todo mundo sabe que a pirataria é crime. O que muita gente não sabe é que, ao levar um produto pirata para casa a pessoa contribui para o agravo da crise econômica que assola o país e, sobretudo, financia o crime organizado. Assim, quem leva para casa um CD ou DVD pirata, uma camisa pirata do time do coração, um brinquedo pirata para o filho pequeno – consciente ou inconscientemente – é corresponsável pela falta de investimentos na saúde, na educação, segurança, mobilidade urbana e, principalmente, pelas armas e drogas que chegam às mãos dos bandidos, pois, além de causar prejuízo bilionário para os cofres públicos, a pirataria fortalece ainda mais as organizações criminosas. De acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), o Brasil é o 4º país do mundo que mais consome produtos piratas. São itens falsificados e contrabandeados que sonegam impostos e crescem à revelia dos produtores, das marcas e da fiscalização, causando prejuízos bilionários à economia brasileira. Apenas em 2017, segundo o Fórum, em virtude da compra e venda de produtos pirateados, o Brasil deixou de arrecadar 145 bilhões de reais em impostos. Dinheiro este que poderia ser investido em saúde, educação, segurança, e ajudaria o país a sair desse ajuste fiscal que tem obrigado o governo a realizar cortes orçamentários em áreas essenciais como saúde e educação. Além disso, o FNCP aponta uma relação direta da pirataria com as organizações criminosas. Os pesquisadores do Fórum afirmam que o dinheiro arrecadado com a comercialização de produtos piratas financia, principalmente, o tráfico de drogas e de armas. Logo, a compra e venda desses produtos afeta diretamente a população, uma vez que fortalece as facções criminosas, dando-lhes mais estrutura para atuar em todo o território nacional. A consequência imediata disso é o aumento da criminalidade e da sensação de insegurança. Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema, visto que a pirataria tem contribuído para o aumento da crise econômica e, principalmente, para o fortalecimento do crime organizado no país. Destarte, urge que a Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, intensifiquem as ações de combate à pirataria e ao contrabando nas fronteiras para evitar que os produtos pirateados entrem no território nacional. Esta é a alternativa mais viável para acabar com essa prática ilegal que insiste em contaminar o povo brasileiro e, caso não seja eliminada urgentemente, será transmitida para as futuras gerações.