A Lei Seca americana, imposta nos anos 1920, foi um dos maiores fracassos em termos de proibição da história, isso ocorreu devido à enorme demando por parte da população pelo consumo de álcool, a qual foi responsável por fomentar um grande mercado ilegal. Assim como no caso da Lei Seca, a guerra contra a pirataria vem sendo um grande fracasso no Brasil e em diversos países, e isso devido a alta demanda da sociedade, que é causada, principalmente, pela falta de competitividade dos produtos originaise a falta de compreensãodos impactos da pirataria pela sociedade. A priori, é imperioso ressaltar que é difícil competir com produtos ofertados, em geral, gratuitamente, mas não é impossível, como foi demonstrado pelos serviços de streaming. Nesse sentido, empresas como Spotify e Netflix conseguiram, por competição, combater a pirataria oferecendo serviços de qualidade, com comodidade e baixo preço, retirando, assim, uma grande demanda de usuários da ilegalidade. Dessa maneira, é possível concluir que a competição de mercado é, em alguns casos, mais eficiente que a simples implantação de medidas restritivas. Ademais, é válido reconhecer que a grande maioria dos consumidores de pirataria desconhece completamente as consequências dessa, o que diminui bastante a chance de mitiga-lá. Nessa lógica, caso o usuário percebesse que, por exemplo, ao consumir um produto original ele estaria contribuindo para a geração de emprego, provavelmente, esse indivíduo evitaria a pirataria. Portanto, evidencia-se a importância da informação como agente supressor da ilegalidade. Depreende-se, em suma, que a fim de se combater a pirataria, deve-se reduzir a sua demanda pela população. Logo, a fim de mitigar essa problemática, cabe ao Ministério da Economia produzir vídeos propaganda, com conteúdo informativo que apresente dados sobre os impactos da pirataria, vinculados ao Youtube. Dessa maneira, será possível conscientizar a população e diminuir a demanda, problema, outrora, ignorado por abordagens restritivas.