Enviada em: 24/05/2019

A comercialização de produtos falsificados cresceu exponencialmente nos últimos anos, muito pelo acesso facilitado à internet e distribuição de material em larga escala. Porém, não só a distribuição ilegal de conteúdo fonográfico e videográfico configura a "pirataria", essa atinge também os setores de produtos e bens, tais como brinquedos, eletrodomésticos e aparelhos celulares.       Primeiramente, a pirataria surgiu como uma alternativa menos onerosa para se manter atualizado no mundo capitalista, que está em constante inovação. Por isso, o mercado "negro" dos negócios viu nesse ramo uma grande oportunidade para obtenção de lucros, com pouco investimento e risco, já que não existe garantias e responsabilidade fiscal sobre os produtos fornecidos. Em contrapartida, os clientes se esbaldaram com o baixo preço, mantendo o negócio na ativa, gerando cada vez mais capital e assim, a expansão desse modelo de produção e consumo.       Dessa forma, há prejuízo para a economia, conforme evidenciado em pesquisa realizada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), em 2017, em que cerca de 30% os brasileiros admitem a compra de produtos pirateados, levando à perda de mais de 100 bilhões de reais por ano. Além do prejuízo para a economia, os produtos pirateados oferecem risco à saúde dos consumidores. Em relação aos brinquedos, o Inmetro preconiza verificação da presença do selo de conformidade emitido pela instituição, que atesta a regularidade de uso de materiais e segurança dos componentes dos objetos, evitando acidentes como intoxicação e ingestão de pequenas peças.        Portanto, pode-se inferir que, apesar do preço baixo, os ônus sofridos não compensam a economia. Em caso de avaria, defeito de fábrica e acidentes causados pelo uso do produto pirateado, o consumidor estará totalmente desamparado, inclusive pela lei, que criminaliza o consumo desses materiais. Embora pareça difícil seguir o caminho correto de consumo, valorizando a economia nacional e a cultura, algumas alternativas vem surgindo para minimizar os impactos.        Essas alternativas incluem, dentre outras, os serviços de streaming e o consumo consciente. Em relação aos serviços de streaming, esses fornecem acesso à plataformas onde se encontram uma ampla variedade de conteúdo a baixo custo (Spotify, Netflix etc), diminuindo, portanto, a utilização de material pirateado e promovendo a valorização dos artistas, além de oferecer alta qualidade para os clientes. Já o consumo consciente aborda, entre outros aspectos, a compra, venda e troca de produtos usados, sendo uma alternativa para diminuir os custos de aquisição, auxiliando inclusive, na diminuição dos impactos sócio-ambientais provocados pelos impulsos consumistas, oferecendo vantagens  tanto para o consumidor, quanto para o meio-ambiente.