Enviada em: 25/05/2019

Segundo a Interpol, a pirataria é o crime do século. No Brasil, grande parte da população é conivente com a pirataria, especialmente a parcela mais jovem, devido aos baixos preços oferecidos por feirantes e à gratuidade e anonimato propiciados pela pirataria virtual. Entretanto, é possível afirmar que a pirataria é um crime prejudicial para o país e para os cidadãos por gerar desempregos e prejuízos a saúdes de seus praticantes.   A priori, uma das prejudiciais consequências da pirataria é o acirramento do desemprego no país. Conforme dados compartilhados pelo Ministério da Justiça, o Brasil deixa de gerar dois milhões de empregos formais por ano graças à pirataria. Dessa forma, ao mesmo tempo em que vendedores ambulantes oferecem um DVD ou CD por baixíssimos preços e o número de sites que proporcionam esses mesmos produtos de forma gratuita crescem, a procura deles em locadoras e lojas de CDs, por exemplo, reduz drasticamente, assim como a abertura de novos estabelecimentos e, por consequência, a contratação de novos profissionais desse ramo.   Além disso, a venda de produtos ilegais gera um crescimento no número de trabalhadores no mercado informal, que, na maioria das vezes, se encontram à margem da sociedade e sem direito às mínimas garantias trabalhistas. Ademais, o consumo de produtos falsificados pode prejudicar a saúde dos cidadãos brasileiros. A população conivente com o mercado ilegal da pirataria se expõe a produtos que se encontram em desacordo com as normas técnicas e de higiene exigidas pelo Inmetro, uma vez que, por exemplo, é alto o risco de explosão de baterias durante a utilização de celulares falsificados e os óculos comprados em feiras ambulantes possuem lentes que não receberam o tratamento adequado e, por isso, aumentam o risco de catarata e desvio de retina em seus consumidores. Apesar disso, muitos pais apelam a mercados ambulantes em feriados como o dia das crianças e natal, causando extremo perigo aos seus filhos, pois brinquedos irregulares, geralmente, apresentam fácil liberação de substâncias tóxicas – como o chumbo – e, desse modo, facilmente podem causar intoxicação nas crianças brasileiras.     Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. Urge que o Ministério da Educação forneça subsídios para que as escolas de ensino fundamental e médio possam realizar atividades lúdicas, como mesas redondas que contem com a participação de profissionais do Inmetro e do ramo da medicina, a fim de que sejam debatidas as consequências individuais – à saúde, por exemplo – e coletivas – aumento do desemprego e prejuízos anuais causados ao país – da pirataria para a sociedade, de modo que nossos jovens percebam que, na maioria das vezes, o barato sai muito caro.