Enviada em: 05/08/2017

Um mal pai para o filho escolhe o curso            Cerca de 2 em cada 10 estudantes brasileiros desistem de continuar a graduação que iniciaram, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP). Situação que reflete bem o panorama educacional do Brasil.            Desafios não faltam quando se trata da permanência estudantil nas universidades. Os problemas são diversos, dentre eles destaca-se: condições sócio-econômicas desfavoráveis ao aluno se manter na faculdade; dificuldade em conciliar trabalho e estudo; insatisfação com a carreira resultante de escolha equivocada; falta do conteúdo base para prosseguir com as disciplinas do ensino superior e problemas psicológicos.          A maior parte desses obstáculos são evitáveis no pré-vestibular, antes mesmo de se iniciar a graduação. Nessa etapa, os pais, por falta de consciência, cumprem um papel negativo na decisão dos filhos. Chegam a pressionar excessivamente o jovem e, em alguns casos, até decidir por qual carreira este deve optar.             Outro equívoco é quando o indivíduo escolhe, prematuramente, uma carreira que não condiz com os seus anseios ou a escolhe por status social que o diploma de tal curso possa oferecer. Isso evidencia o fenômeno de cultura do diploma, fortemente presente no Brasil.          Considerando todos os fatores citados conclui-se que, o papel dos pais e das escolas é de extrema importância para o bem-estar dos alunos durante a estadia na faculdade. É de fundamental importância que as escolas alertem os pais sobre os riscos da pressão excessiva, e que ofereçam todo o alicerce de apoio psicológico aos alunos em preparação. Espera-se também que, já na graduação, as universidade cuidem para que todo aparato de atendimento psicológico universitário funcione corretamente, e que os centros acadêmicos façam uma boa gestão para maior satisfação do corpo discente das universidades.