Enviada em: 16/04/2018

É indubitável que a formação e o ingresso universitário nas instituições públicas e privadas é frequente ponto de dificuldades encaradas pelos jovens e adultos no Brasil. Desde a época da Escravidão, quando os negros eram desprovidos de educação e, por conseguinte, somente depois da abolição da escravatura esses tiveram a oportunidade de frequentar as aulas e ingressar no ensino superior, apesar das consequências provenientes do racismo e desigualdade social, porém entrar em uma faculdade não era tão fácil e, hodiernamente, o impasse persiste, visto que o ingresso dos estudantes em universidades é extremamente concorrido e muitos não conseguem pelo fato do ensino dado durante o currículo fundamental e médio ser ineficaz. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas escravagistas e a falta de políticas públicas que tornem o ensino superior gratuito dificultam essa questão de ser resolvida.   Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, incipiência histórica do período escravocrata e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade e revolta em relação à dificuldade da formação em um curso superior, já que a falta de condições econômicas provenientes do meio social é uma realidade no âmbito brasileiro e as faculdades particulares, nos dias atuais, estão cada vez mais caras e as bolsas oferecidas em quantidades menores no programa Prouni, elaborado no Governo Lula.    Além disso, é válido salientar que os estudantes estão enfrentando sérios problemas psicológicos devido à incerteza do ingresso e, consequentemente, a possibilidade de formação em um curso superior. Os cursos pré-vestibulares possuem um número de alunos considerado alto e tal circunstância contribui para o desgaste emocional dos estudantes, posto que esses devido à concorrência e ao ensino incoerente oferecido na rede pública passam anos em cursos preparatórios para provas.  Convém, desse modo, ao Poder público promover, com uma parcela dos impostos pagos pela população, ensino superior gratuito para os estudantes, assim como, a rede pública de ensino básico e médio oferece. Porém, caberá ao Estado de cada região, com os tributos estudais, remunerar os professores. Ademais, o Ministério da Educação deve disponibilizar estágios nas instituições públicas e privadas para psicólogos que estão em formação para que, assim, esses orientem sobre a vida universitária, Enem e vestibulares e façam testes vocacionais com os alunos, talvez, dessa forma, os estudantes se sentiram mais capacitados e menos frustados. Afinal, um país que já desproveu tanto os  negros e diversos grupos de entrarem na faculdade é digno de mais jovens dentro do ensino superior e de um aprendizado gratuito para o próprio desenvolvimento econômico do território brasileiro.