Enviada em: 20/06/2018

Em meados da década de 1930, o então presidente da república Getúlio Vargas tornou o ensino primário público e obrigatório. Nesse momento, teve-se a impressão de que o sistema educacional brasileiro iria evoluir e que isso beneficiaria toda a população. Entretanto, passados cerca de 90 anos, o Estado possui dificuldades na realização do processo de aprendizagem de crianças com distúrbios e isso causa diversas consequências negativas ao país como todo.  Nesse sentido, a escassez de conhecimento médico e pedagógico sobre os distúrbios de aprendizagem apresenta-se como dificultadora da inclusão e absorção de conteúdos por parte dos jovens nas escolas brasileiras. De acordo com o portal online da Revista Época, as pesquisas sobre esse tema ganharam relevância apenas a partir da década de 1980. Logo, o pouco tempo de realização de estudos inviabiliza o descobrimento de novos tratamentos, técnicas de didática, entre outros.    Além disso, a falta de profissionais especializados para trabalhar com crianças que possuem distúrbios de aprendizagem é uma das causas que tornam o ensino público do Brasil ineficaz para essas pessoas. Sabe-se que a participação de professores preparados para atuar com determinados grupos é essencial para que as informações sejam absorvidas e, assim, esses alunos conseguem se incluir com qualidade no sistema educacional.     Em síntese, a exclusão de alunos com dificuldade de aprendizagem causa vários problemas a esse público, como menores oportunidades de empregos, imobilidade social, escassez de relações interativas com outras crianças, entre outros. Para o âmbito nacional, esses problemas diminuem a diversidade de possíveis profissionais como médicos e engenheiros e, consequentemente, afetam negativamente a economia brasileira.     Portanto, conclui-se que o Brasil não possui um sistema educacional eficaz para crianças com distúrbios de aprendizagem. O Governo brasileiro deve aumentar a porcentagem do PIB destinada à educação, permitindo a realização de novas pesquisas acadêmicas sobre esse tema. Com isso, novas formas de tratamentos e técnicas de aprendizado poderão ser descobertas pelos pesquisadores. Além disso, o Estado deve contratar mais professores para que os alunos com dificuldades de absorção dos conteúdos terão acesso a acompanhamento particular. Com isso, essas pessoas terão melhores rendimentos escolares e qualidades de vida, o que beneficiará o Brasil no âmbito social e econômico.