Aprendizagem sem obstáculos Ao analisar a temática inclusão social, vê se que uma das principais vertentes é a dificuldade de inserir crianças com distúrbios de aprendizagem nas escolas. Sendo que esta problemática é decorrente da união de fatores como: sistema de saúde, método de ensino e infraestrutura escolar. Sabe-se atualmente dos obstáculos presentes no processo de diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. Isso ocorre devido a privação do apoio do sistema de saúde e a falta de orientação dos pais e profissionais da área da educação, sendo que este último muitas vezes não possui qualificação adequada. Desse modo, esses fatores provocam o diagnóstico tardio da dificuldade da criança. Além disso, o método de ensino aplicado nas escolas é padronizado de forma que não há flexibilidade no estilo de aprendizagem e impede o acompanhamento de todas as crianças neste processo, e consequentemente é determinado de forma equívoca a presença ou ausência de distúrbios. Dessa forma, a teoria desenvolvida por Maria Montessori a "autoeducação" pertine em uma pedagogia onde o aprendizado é individual, na qual, pode favorecer a identificação prévia e precisa de crianças com deficiências de aprendizagem. Ainda assim, vale considerar a atuação do Estado no processo educacional. Como lembra Rui Barbosa, os órgãos públicos devem promover a "liberdade disciplinada", ou seja, o Estado é responsável por regular, fiscalizar e custear as escolas. Sendo este conceito pouco aplicado atualmente no Brasil, corrobora na dificuldade de inclusão de alunos com distúrbios de aprendizagem nas escolas. Logo, é necessário que haja centros de apoio multiprofissional, desenvolvido por meio do investimento do Estado, para orientar pais e professores, quanto as adaptações necessárias para o desenvolvimento das crianças com limitações de aprendizagem. Ademais, é necessário a abertura de programas de qualificação profissional aos professores, para melhor performance nas escolas.