Enviada em: 03/09/2018

A educação é um direito de todos, porém, esse benefício é adquirido de diferentes formas em uma sociedade onde todos, por lei, são iguais. É o caso de indivíduos que possuem distúrbios de aprendizagem, pois há a necessidade de uma maior atenção para que eles possam aprender de maneira satisfatória, auxílio que por vezes é negado. Como consequência, essa parte da população acaba sendo prejudicada, e os danos dessa negligência são arduamente reversíveis.     Mesmo com escolas especializadas em ensinar alunos com dificuldade no aprendizado, sua acessibilidade diverge com o que a população demanda. De acordo com pesquisas, 70% dos brasileiros possuem algum distúrbio, ou seja, embora nem todos sejam casos extremos, aqueles que possuem demasiados obstáculos para aprender precisam enfrentar mais um impasse: a falta de auxílio especializado.  Ademais, pessoas diagnosticadas com dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), por exemplo, podem desenvolver diversas atividades nas quais demonstrem que é possível melhorar o estado do distúrbio, porém, esse objetivo é alcançado geralmente com ajuda profissional.       Além disso, existe outra complicação: o preconceito com os portadores desses transtornos, pois são muitas vezes rotulados como "preguiçosos", julgados como desinteressados em aprender e, além disso, considerados desprovidos de inteligência. Consequentemente, a convivência na escola resulta em bullying, que é uma violência que pode deixar sequelas na vítima por muito tempo. Assim, muitos alunos com distúrbios, que já não são estimulados a estudar devido as dificuldades e também por falta de apoio e atenção da família, desistem de tentar aprender e abandonam a escola, resultando em uma população com indivíduos que não chegam a completar o ensino médio e, portanto, é notável a necessidade de se dar atenção para esse tipo de problema, pois acarreta questões individuais, sociais e até mesmo econômicas.    Logo, é preciso mudar a maneira como distúrbios de aprendizagem são tratados. É de exímia importância a criação de cursos de capacitação pelo Estado, com o objetivo de todos os professores possuírem aptidão para auxiliar alunos com a doença, além de cartazes e campanhas, como comerciais na televisão, para informar à população sobre esses transtornos, e mostrar aos pais como é importante apoiar e ajudar os filhos, investindo em formas de tratamento para que a criança cresça com esses obstáculos minimizados, e, por conseguinte, formar uma sociedade onde, independente da presença de bloqueios na aprendizagem, seja possível estudar e todo indivíduo exerça seu direito de acesso à educação.