Enviada em: 20/03/2019

Em dias hodiernos, mostra-se cada vez mais desafiadora a inserção do jovem com distúrbios psíquicos em padrões estabelecidos pela sociedade. A disparidade do nível de aprendizado é gritante quando se trata dessa extensa parcela da população infantil. Tal fato advém da falta de auxílio governamental e da incompetência do núcleo familiar no que diz respeito ao tratamento e, até mesmo, o descobrimento do distúrbio.     De acordo com o célebre filósofo Ortega y Gasset, "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". A frase do pensador espanhol relata que, para formar seu caráter, a educação é, de fato, fundamental. Porém, com as dificuldades enfrentadas por jovens com distúrbios, torna-se inviável o desenvolvimento igualitário entre todos. Com o descaso do Governo em situações em que o indivíduo é caracterizado "especial", fica mais que clara a desvantagem que os portadores de alguma deficiência psicológica possui.      Ademais, a desatenção familiar faz-se grande vilã na luta da inserção da criança no contexto sócio-educacional. Costumeiramente, ações consideradas "normais" ou "mal-criação" acusam distúrbios comportamentais que não são detectados pela família, o que dificulta exponencialmente um possível tratamento. Baixo rendimento escolar é categorizado assiduamente como falta de capacidade intelectual, e a família acaba por não procurar ajuda profissional.   Cabe ao Poder Público a maior inserção sócio-educacional das crianças com distúrbios psicológicos, por meio de reformas educacionais, palestras motivadoras, e de dinâmicas culturais que atinjam não só à parcela mentalmente saudável, mas as minorias também. O Governo deve fazer isso com verbas oriundas dos tributos voltados à educação, para que assim haja maior interação entres diferentes indivíduos, e que diminua a discrepância que há atualmente. Cabe também ao núcleo familiar redobrar atenções para possíveis suspeitas de problemas psíquicos na criança. A família tem o dever de informar-se sobre as patologias e de, ao menor indício de alguma manifestação psicológica negativa, procurar ajuda profissional e um diagnóstico correto. Para que, apenas assim, não haja nenhuma dificuldade na formação social dos futuros jovens e adultos, e que a frase de Ortega y Gasset venha prevalecer sobre todos.