Enviada em: 26/03/2019

Na Antiguidade Clássica, Esparta possuía uma postura rígida com as pessoas que nascessem com alguma deficiência, por isso elas eram banidas da sociedade. Na contemporaneidade, por sua vez, percebe-se que perpetua a depreciação das crianças que possuem algum tipo de deficiência, tanto que essas que apresentam distúrbio de aprendizagem, possuem dificuldades de se inserirem na escola. Dessa maneira, essa realidade ecoa a ineficiência do Governo para essa questão, além de demonstrar a falta de conhecimento sobre a situação desses meninos e meninas.           A priori, a Constituição Cidadã, mediante artigos e dispositivos, explicita que é dever do Estado garantir à educação para todos. No entanto, a realidade reverbera o Enigma da Modernidade, do filósofo Henrique de Lima, o qual elucida que, apesar de a sociedade ser tão avançada em suas razões teóricas, é tão indigente em suas razões éticas, ou seja, mesmo sendo estabelecida na Carta Magma, a educação para os que possuem dificuldade de aprendizagem não é um serviço fornecido com qualidade, uma vez que há uma carência de escolas preparadas para receber esses alunos, as quais não possuem professores habilitados e uma estrutura adequada. Dessarte, essa conjunção reflete a ineficiência do governo para solucionar essa questão, comprometendo, desse modo, a escolaridade dessa parcela da população.           Outrossim, muitas dessas crianças não são compreendidas no tecido social aos quais pertencem. Essa situação, dessa forma, reflete o Mito da Caverna de Platão, uma metáfora sobre indivíduos que estão presos em uma caverna e, por isso, conseguem enxergar apenas as sombras do mundo real, os quais limitam-se a um mundo de ignorância. Nessa perspectiva, a falta de conhecimento mais profundo acerca desses distúrbios contribui para que sejam interpretados como preguiçosos e desinteressados, geralmente. Assim sendo, a falta de um conhecimento sólido sobre essa realidade, revela ser uma dificuldade na alfabetização dessas pessoas.          Logo, é necessário que as ONGs venham cobrar dos governantes o que está estabelecido na Constituição sobre a Educação, para isso é necessário a realização de passeatas e manifestações, a fim de que a ineficiência do governo para a questão dos estudantes com distúrbio de atenção seja mitigada, por meio do desenvolvimento de políticas públicas que qualifiquem os professores, por  exem- plo. Ademais, é imprescindível que as Instituições Educacionais venham promover palestras e rodas de debates, sobre a realidade dessas crianças, para isso é necessário convidar Pedagogos e Psicólogos, com intuito de clarificar para a sociedade como são esses distúrbios e, assim, possuírem um maior conhecimento sobre esse assunto. Então, essas dificuldades poderão ser solucionadas.