Enviada em: 28/06/2019

A precariedade do sistema educacional brasileiro, em especial o sistema público, marcado pela ineficiência e pelo descaso governamental, torna a escola um ambiente propício a não inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. O investimento em infraestrutura adequada, especialização de professores e assistência pedagógica é ínfimo, dificultando e marginalizando o acesso à educação, garantido por lei, aos alunos com distúrbios de aprendizagem.      São poucas as instituições que cumprem o artigo 8º da Constituição, que afirma o dever das escolas em promover flexibilizações e adaptações curriculares, além do uso de metodologias e recursos didáticos diferenciados para alunos especiais. Muito se deve a falta de verbas públicas para democratizar o acesso à educação e ao despreparo de professores, não especializados na tutoria de crianças com distúrbios de aprendizagem, como autismo, dislexia e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).       Assim, a escola, ferramenta imprescindível para a inclusão social e estabelecimento de relações interpessoais, não exerce seu papel, alimentando preconceitos e disparidades entre alunos "normais" e alunos especiais. Ademais, a falta de pesquisas científicas no campo dos distúrbios de aprendizagem e o diagnóstico tardio dos mesmo, contribuem para a falta de informação de pais, professores, e da sociedade como um todo, aumentando as dificuldades de integração social e de inserção nas escolas.      Por conseguinte, é fundamental o destino de verbas à educação, por parte do Governo Federal e dos governos estaduais, para melhorias na infraestrutura escolar e capacitação de professores. Outrossim, o acesso facilitado a informações e medicamentos, além da democratização de tratamentos e acompanhamento por especialistas no SUS (Sistema Único de Saúde), é primordial para o diagnóstico precoce e melhor inclusão e desempenho escolar de crianças com distúrbios de aprendizagem.