Enviada em: 14/06/2019

"O ser humano não teria alcançado as dificuldades de inclusão das crianças com distúrbios de aprendizagem se, repetidas vezes, não tivesse tentado reivindicar os direitos educacionais concedidos a todos cidadãos do país". Com essas palavras, Max Weber, sociólogo alemão, afirma que a inclusão de crianças com distúrbios de aprendizagem, mas também, posteriormente à quebra de paradigmas, é necessária a insistência, por parte de um grupo social, na tentativa da sociedade observar, por outro ângulo, os benefícios de inserir um grupo marginalizado pelos integrantes dessa mesma sociedade.       Primeiramente, o dever de inserir as crianças com necessidades educacionais especiais, de modo que inviabilize o ressurgimento de políticas segregacionistas, as quais originaram semelhantemente o apartheid ocorrido na África do Sul, devido à carência de pessoas comprometidas em inserir as crianças com necessidades educacionais especiais, está assegurado não só pelos Direitos Humanos, mas também pela Constituição do Brasil. Além disso, os pilares de uma república são deixados de lado a partir do momento em que elas não estão envolvidas na socialização no âmbito socioeducativo do país, abrindo oportunidades para que a sociedade se torne excludente cada vez mais.       Paradoxalmente, o Brasil, o qual é um país visto como acolhedor pelos demais países por meio das relações internacionais, está inserido em uma dicotomia: ao mesmo tempo em que é reconhecido mundialmente por suas políticas de inclusão social, deixa a desejar no que se refere à inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais, haja vista que segundo a psicopedagoga Tânia Maria de Campos Freitas, as dificuldades de inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais não estão relacionadas aos distúrbios de aprendizagem por causa de que eles são comuns no país, o qual apresenta cerca de 70% da população com distúrbios de aprendizagem específicos de leitura e escrita, todavia a inclusão delas apresentam dificuldades devido à descriminação pelos próprios indivíduos da sociedade em concordar com a cooperação para a inclusão delas.     Portanto, as dificuldades de inserir as crianças com distúrbios de aprendizagem devem ser combatidas com a iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com as escolas municipais, psicopedagogos e psicólogos, de realizar a implementação de debates socioeducativos, por meio de palestras educacionais, a respeito das principais dúvidas dos brasileiros em relação as crianças com necessidades educacionais especiais, além da propagação de folhetins relacionados ao papel da cooperação dos brasileiros na inclusão educacional das crianças, para que possa haver um trabalho de transformação na mentalidade tanto do corpo docente e discente quanto de toda população dos municípios em relação à reivindicação dos direitos educacionais concedidos às crianças brasileiras.