Enviada em: 16/06/2019

Educação inclusiva       Desde os processos denominados "Revoluções Industriais" e a ascensão do capitalismo, prioriza-se demasiadamente produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Dessa forma, crianças com distúrbio de aprendizagem são invisibilizadas e privadas de seus direitos básicos estudantis devido a sociedade duvidar do potencial destas.       Primeiramente, para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a hodiernidade é caracterizada por uma "modernidade líquida", a qual objetos e pessoas são constantemente considerados descartáveis. Assim, portadores de deficiências, distúrbios sociais e comportamentais, como o TDAH e o autismo, são classificados inócuos e desproveitosos para o Estado. Como resultado, são excluídos socialmente e sua formação educacional é desprezada. Logo, a capacidade destes alunos é duvidada desde a infância.      Segundamente, como relata os dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. Contudo, estes indivíduos e outros com distúrbios semelhantes são excluídos no ambiente escolar pela própria escola, comprometendo o futuro destes, que muitas vezes são isolados da interação com outros alunos. Convém lembrar ainda que os  profissionais da área da educação carecem em especializações para promover um bom tratamento escolar para portadores de distúrbios de aprendizagem.       É necessário, portanto, desenvolver propostas para promover a igualdade da população brasileira no âmbito educacional. Para isso, as instituições de ensino devem incluir no currículo de professores do fundamental e ensino médio aulas de como lecionar  para crianças com dificuldades de aprender, além de orientar como incluí-las no convívio com os outros alunos. Estas aulas de poucos dias poderiam ser ministradas por psicólogos e pedagogos por meio da ampliação do projeto da ONG Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi), cujo trabalho é de inclusão de pessoas com deficiência intelectual,  juntamente com o Ministério da Educação. Assim, o ambiente escolar se tornará mais saudável e cumprirá o seu papel de ensinar.