Enviada em: 13/07/2018

Guerras. Perseguição religiosa. Fome. Diversos são os motivos que contribuem e fazem parte do cenário dos emigrantes. Segundo o filósofo Habermas, o direito de asilo é um direito humano e os refugiados devem ser acolhidos com todas as consequências. No entanto, os custos econômicos gerados e as diferenças culturais são dificuldades que se impõem sobre a necessidade de amparar os povos afligidos.    Em primeiro lugar, são notáveis os custos associados ao processo de transporte, alimentação, alojamento, saúde e educação assumidos pelas autoridades nacionais com a chegada dos requerentes de asilo. Um exemplo disso é o gasto que o estado do Acre teve com os haitianos entre os anos de 2010 e 2016. Eles buscaram abrigo logo após o terremoto que atingiu o país e os impossibilitou de continuar vivendo em seu território. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, foi solicitado ao Supremo Tribunal Federal o pagamento de mais de R$ 12 milhões por despesas acerca do acolhimento deles. Logo, o peso econômico torna-se uma dificuldade a ser ultrapassada.      Ademais, o choque cultural é uma realidade e também um desafio a ser combatido,  uma vez que a humilhação se associa à vulnerabilidade dessas pessoas em um território diferente. Em 2017, um sírio, vendedor de salgados em Copacabana, foi agredido verbalmente por um brasileiro que o chamava, dentre outros apelidos pejorativos, de "homem-bomba". Não obstante, segundo o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, houve o aumento dos casos de racismo e xenofobia contra os refugiados. Tal dado evidencia que as diferenças culturais é uma dificuldade acerca do acolhimento do refugiado.      Portanto, medidas coletivas devem ser tomadas. Segundo Augusto Cury, os frágeis usam a violência e, os fortes, as ideias. Logo, a ONU deve admitir uma postura mais rígida para com os países de maior incidência de refugiados, por meio de sanções mais pesadas contra crimes com motivações racistas, xenófobas e anti-semitas, a fim de que os países adotem medidas internas de cunho social e político para diminuir a hostilidade contra eles. Além disso, cada nação deve criar um fundo monetário para atender a demanda de refugiados em épocas de alta recorrência, tendo em vista a responsabilidade de todos por um problema global e que requer, pois, uma resposta global. Dessa forma, pode-se afirmar que as dificuldades de acolhimento serão ultrapassadas com transformações conjuntas. Asim, torna-se verdade a frase de Heráclito: "nada é permanente, exceto a mudança"