A crise dos refugiados é um problema que, na última década, vem crescendo exponencialmente em vários países do mundo. Segundo reportagem do jornal El País, ao fugir de conflitos em seus países de origem, grande parte dessas pessoas acabam por se sujeitar a viver em campos de refugiados ou aglomerados, em más condições e uma pior ainda perspectiva de melhora de vida. É obrigação de todos países criar condições e oportunidades para inserir esses indivíduos na sociedade. Em primeiro lugar, a situação de imigrante ilegal, muito comum entre os refugiados, os coloca em anonimato perante a sociedade, privando-os de seus direitos mais básicos. Acolher essas pessoas não é apenas uma atitude ética, mas está prevista no acordo realizado entre os países após a Segunda Guerra Mundial, na Convenção de Genebra de 1951. Acolher, no entanto, significa torná-los parte de sua população, com mesmos direitos, deveres e possibilidade de viver e prosperar como verdadeiros cidadãos. Além disso, a falta de preparação dos países para receber esses imigrantes, aliada ao preconceito que sofrem pela população local, torna a conquista de um emprego digno um objetivo quase inalcançável. O Brasil vive intensamente esse problema com refugiados vindo da África e da Venezuela. Sem o domínio da língua portuguesa, sem reconhecimento de suas capacitações, excluídos pela sociedade e impossibilitados de possuir carteira de trabalho, muitos se encontram em extrema pobreza, transformando uma possível força de trabalho nacional em um problema. O país, portanto, deve regularizar a situação desses imigrantes, garantindo-os todos os direitos e deveres do cidadão. O Governo precisa adotar uma política de inserção dos indivíduos no mercado de trabalho, oferecendo aulas de português, validando seus diplomas e reconhecendo suas profissões. A mídia e as escolas devem cumprir seus papéis na conscientização da população contra o preconceito, através de palestras, propagandas e abordando o assunto em novelas. Assim, poderemos transformar um problema existente em uma futura força para o país.