Enviada em: 19/07/2018

A Guerra Civil da Síria, que acontece desde 2011, trouxe a tona através da mídia um problema real e presente: a crise dos refugiados. Refugiado é todo aquele que sai de seu pais de origem, fugindo da perseguição por motivos políticos, de religião, raça, entre outras razões. O problema é que, nem sempre, o refugiado é acolhido no país de destino como deveriam, sendo vítimas de preconceitos e vivendo em situações precárias de vida.       Comumente nos deparamos com notícias relacionadas as dificuldades dos refugiados em encontrar um novo lar. Em 2017 a foto de uma criança Síria morta a beira mar, quando a família tentava fugir de perseguições, foi destaque em jornais, revistas e redes sociais. A repercussão foi tanta que nos leva a voltar a atenção não só aos que não conseguem fugir, mas aos que conseguem e adentram em outro país.         Ao contrário do que se pensa, a dificuldade dos refugiados não está apenas em sua jornada entre países, mas também, em sua estadia no país de destino. Os emigrados são acolhidos em campos de refugiados, onde devem ficar até que sejam integrados ao novo país, voltem para casa ou sigam para outro lugar. Na teoria deveria ser assim, porém alguns deles chegam a passar décadas em um desses campos, em condições de vida precárias a espera de uma resposta sobre o seu pedido de asilo. Segundo pesquisas da CONARE (Comitê Nacional para Refugiados), o Brasil recebeu 33.866 pedidos de refúgio em 2017, o maior número registrado em 7 anos e muitos ainda aguardam respostas.        Além disso, existem outros problemas para esses refugiados. A dificuldade no mercado de trabalho e na integração da educação interferem na vida profissional dessas pessoas. Há também a xenofobia, interferindo na vida social e na interação com outros indivíduos.      Diante disto são necessárias medidas que melhorem a qualidade de vida desses refugiados. Ao Ministério dos Direitos Humanos e ao Ministério da Saúde cabem o dever de garantir qualidade de vida e melhores condições aos que estão instalados em campos de refugiados, garantindo alimentação, saneamento básico e tratamento médico necessário para evitar enfermidades. O Ministério da Educação deve ampliar o acesso a educação aos emigrados, inclusive criando cotas para universidades para que possam ter mais oportunidades profissionais futuramente e a integração dessas pessoas ao novo país, implantando palestras e aulas educativas a fim de diminuir o preconceito e a xenofobia. Ao CONARE, junto ao Ministério da Justiça, cabe agilizar o processo de aceitação ou não aceitação do asilo aos refugiados, para que não passem anos em campos. Dessa forma podemos dar à ao menos alguns desses refugiados, a qualidade de vida que buscaram ao sair de seus países.