Enviada em: 29/07/2018

Após o terremoto de 2010 no Haiti, o Brasil recebeu inúmeros refugiados desse pais, os quais vinham em busca de uma vida melhor e principalmente trabalho para ajudar suas famílias que ficaram em seu lugar de origem. No entanto, devido a falta de politicas públicas para o acolhimento dessas pessoas, muitas acabaram ficando desempregas, sendo obrigadas a voltarem para seu pais novamente. Diante disso, fica evidente a necessidade de um maior acompanhamento desse imigrante por parte do Estado, dando a ele condições para que possam sobreviver e terem o minimo de dignidade possível.     A principio, segundo a Agencia da ONU para Refugiados, o Brasil recebeu no ano de 2017 mais de 33 mil pedidos de reconhecimento da condição de refugiados, sendo grande parte desses de venezuelanos. No entanto, apenas 17 mil desses foram atendidos, gerando uma grande concentração de pessoas na cidade de Roraima, que ainda aguardam a analise do visto para se refugiar no Brasil. Isso deixa claro a necessidade da intervenção do Estado para agilizar os pedidos e também deportar pessoas que tenham problemas com a justiça de seus locais de origem, para evitar situações de emergência como a vivida por essa cidade em Rondônia.     Certamente, outra situação preocupante enfrentada por esses refugiados é a xenofobia. Somente no ano de 2017, foram denunciados mais de 850 casos em todo o pais, sem contabilizar os demais que não são registrados. Diante dessa situação a Agencia da ONU para Refugiados cobrou do governo Brasileiro uma ação no combate a essa problemática. Fica claro a necessidade da conscientização da sociedade brasileira quanto ao combate a esse preconceito que tem crescido nos últimos anos.     Em suma, fica evidente a necessidade de uma mudança nesse contexto. Para isso, o Governo Federal deve desenvolver um sistema informatizado com outros países, visando uma melhor integração de informações dessas pessoas que solicitam o reconhecimento da condição de refugiado, agilizando assim a liberação da entrada delas no pais. Somado a isso, é necessário que o governo em conjunto com o setor privado, desenvolvam planos de acolhimento desses refugiados uniformemente pelo Brasil, dando oportunidade de trabalho e moradia. Por fim, é preciso que as ONGs e a sociedade desenvolvam debates visando o combate a xenofobia, para que assim haja uma diminuição no índices de casos pelo Brasil.