Enviada em: 07/08/2018

Desde o êxodo judaico durante o período da Segunda Guerra Mundial até o mais recente conflito entre o movimento sionista e a Palestina em Jerusalém, os refugiados sempre foram tema de diversos debates. Nos países que recebem diversos refugiados - Alemanha, França, entre outros - a discussão ascendeu de forma acentuada nos últimos anos no quesito acolhimento. Até então, entretanto, devido a má infraestrutura, as atuais políticas públicas não conseguiram solucionar problemas relacionados à língua, à cultura e à sustentação econômica, com isso, evidencia-se um embróglio tangente aos empecilhos na inclusão de refugiados na sociedade.       A priori, nota-se a precariedade dos meios de manutenção da cultura e adaptação linguística dos deslocados como a principal problemática dos afetados. Isto é, em virtude do grande número de refugiados islâmicos, por exemplo, que possuem uma língua e uma cultura adversa à do país de destino, é necessária essa ajuda como forma de acolhimento. Nesse prisma, é vital, como meio de reduzir as dificuldades, a estruturação dos países para receber os migrantes e evitar situações xenófobas de ambas as partes, assim como evidenciado na obra "Canaã" do escrito Graça Aranha que apresenta a visão de dois migrantes europeus frente uma cultura totalmente diferente - um olhar xenofóbico e outro receptivo. Dessa maneira, é indubitável que o poder público deve agir de modo que garanta o coeso e harmônico contato entre diferentes culturas e línguas.       Em um olhar mais amplo, convém frisar a problemática econômica que muitos realocados se deparam ao chegar em novos países. Ou seja, faltam programas de amparo econômico aos afetados e são poucas instituições capazes de realizar um trabalho efetivo. Entende-se, por esse viés, que, de forma análoga ao proposto pelo filósofo político Murray Rothbard com suas teses de participação do setor privado no complexo social, são requisitadas ações do setor privado com apoio do governo de ações de auxilio a refugiados - emprego, moradia, empréstimos, entre outros-, ratificando a afirmação da ONU de que os refugiados devem ser cocriadores das cidades, isto é, fazer parte da estrutura social da comunidade.  Observa-se, com isso, o fulcro papel do poder privado no acolhimento dos refugiados.       Compreende-se, pois, que, seja em razão do viés cultural, seja em virtude do caráter econômico, os empasses em acolher dos refugiados, infelizmente, ainda é uma problemática existente. Dessarte, urge que o Governo Federal, com apoio dos governos estaduais, monte centrais de atendimento físicas e por telefone nos principais núcleos de imigrantes, empregando, nesses, refugiados, como forma de melhorar o contato, e a redução de impostos à empresas que garantam benefícios e contratem realocados. Dessa forma, o Brasil tornar-se-á um país sinônimo de esperança para muitos povos.