Enviada em: 29/10/2018

Ao longo da história, as guerras e crises políticas tem provocado grandes ondas de migração de refugiados ao redor do mundo, que buscam desesperadamente escapar da miséria, da perseguição e da violência. Nos dias atuais, segundo dados da ONU, 1.8 milhão de imigrantes chegaram à Europa em busca de asilo desde 2015, muitos deles egressos da Síria, Sudão e Afeganistão. O grande volume de imigrantes tem congestionado os processos de acolhimento, prolongando a situação de sofrimento de seres humanos, muitas vezes crianças e idosos, que deixaram para trás suas raízes e anseiam por um ambiente de estabilidade para reestruturar dignamente suas vidas. Por isso, as nações precisam adotar medidas para tornar mais rápida a distribuição de asilo aos refugiados.            De acordo com a legislação internacional, as pessoas que fogem de guerras ou perseguições têm o direito de obter asilo. Porém os chefes de alguns países mais ricos, como Alemanha e Inglaterra, preferidos por quem precisa reconstruir a vida, alegam receber mais pedidos de asilo do que sua infraestrutura consegue suportar. Dados da ONU indicam que em 2014, apenas cinco Estados europeus tiveram de processar 72% de todas as solicitações de asilo.       Nesse contexto, essas nações fazem menção à chamada "Regulação de Dublin", segundo a qual o imigrante deverá pedir asilo no primeiro país em que puser os pés. No entanto, segundo representantes da União Europeia, nem mesmo esse modelo de distribuição de asilo está funcionando, tamanha é a dimensão da quantidade de refugiados.       Uma das formas de amenizar o problema é que os países em crise, auxiliados por organismos internacionais, incentivem o uso de canais legais de migração. As outras nações podem divulgar perfis profissionais desejados e favorecer o ingresso, mesmo que temporário, dos imigrantes que neles se encaixem, junto de sua família. As nações, em geral, precisam cooperar com a troca dessas informações. Desse modo pode haver melhor distribuição dos refugiados e a preservação de sua dignidade.