Enviada em: 18/01/2019

De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês falecido em janeiro de 2017, a velocidade é a principal marca dos dias de hoje. Nesse sentido, a rapidez que caracteriza a pós-modernidade afeta negativamente diversos aspectos da vida cotidiana, dentre eles, a relação da sociedade com o crescimento do número de refugiados. Um grave reflexo dessa conjuntura, é a alarmante dificuldade de acolhimento dessas pessoas, bem como em virtude da xenofobia. Logo, é imperativo que o poder público e a sociedade se unam para enfrentar esse problema.      Deve-se entender que refugiado é diferente de imigrante comum. Enquanto este desloca-se para outro país por escolha própria para trabalhar ou morar aqueles fogem de guerras ou conflitos internos no seu país de origem. Desta maneira, as causas que motivam a saída destes é justificada, pois é uma questão de luta pela sobrevivência. De acordo com a ONU, países em desenvolvimento, mesmo com poucos recursos, abrigam cerca de 80% dos refugiados de todo o mundo. Entretanto, esses países que não possuem recursos necessários para atender com qualidade a população nativa apresentam um desafio para os seus abrigados, visto que eles não conseguem recursos para se manterem no país e acabam aceitando trabalhos perigosos e mal remunerados.      Ademais, vale destacar que a principal guerra está ocorrendo na Síria, pois é o país onde o Estado Islâmico possui sua maior atuação. Porém, há também muitos refugiados provenientes da África que fogem devido ao caos,  à pobreza e à violência. Cada país possui respostas diferentes a essa questão, por exemplo, a Alemanha e a Áustria está oferecendo asilo enquanto a Hungria constrói muros para barrar os refugiados. A dificuldade de amparo dessas pessoas é muito pior do que se imagina e é ainda mais dificultada graças a xenofobia. Na visão de muitos cidadãos estas pessoas vieram roubar seus espaços, seus empregos e invadir seu país. Além disso, muitos países não possuem estrutura física nem financeira, como é o caso do Brasil, para dar o devido suporte a estas pessoas.      O melhor acolhimento do refugiado aliado a redução da xenofobia são, portanto, os caminhos que precisam ser trilhados pela sociedade objetivando oferecer uma melhor qualidade de vida a essas pessoas. Para tanto, organizações internacionais, em parcerias com ONG's locais, devem viabilizar ações e programas de assistência aos refugiados com intuito de concretizar soluções como a integração local desses povos. Ademais, o Ministério da Educação juntamente com o Governo Federal deve inserir nas escolas, desde as séries iniciais, formas de promover a educação dos alunos sobre questões relacionadas ao preconceito com os refugiados com o intuito de obter uma relação harmônica entre as diferentes culturas.