Enviada em: 05/05/2017

Vidas além do mar           Debater sobre as dificuldades do acolhimento de refugiados em meio à situação global atualmente dialoga diretamente com o neocolonialismo, período de divisão do continente africano, com a justificativa de promover o desenvolvimento nos países subdesenvolvidos, quando na verdade, explorou grande parte dos recursos materiais presentes nessas nações. Então, diante desse contexto surge a seguinte questão: O entrave da entrada de imigrantes refugiados de países em guerra se dá por questões políticas ou por um preconceito populacional de receber em seu país um povo de cultura diferente?                Primeiramente, salienta-se que de fato, há questões políticas que abordam essa questão, haja vista que, no século XX, formou-se a União Européia, uma união monetária em que há a livre movimento populacional entre os países, sendo esse um dos principais motivos que motivam países como, por exemplo, a Eslovênia e a Austria a permitirem a entrada de imigrantes. É também considerado um entrave a situação dos empregos, visto que, é necessário que os refugiados construam uma nova vida diante de novas condições de trabalho.             É também fundamental destacar que, há um preconceito cultural com relação à entrada de imigrantes, já que, a preocupação e o medo que circunda os refugiados diante o contexto contemporâneo da expansão do Estado Islâmico, pouco têm-se assegurado a própria população européia de que não há membros de tal seita infiltrados, acarretando um medo e o preconceito diante os imigrantes. Salienta-se acima de tudo que, países como Áustria e Eslovênia, recusam-se a receber imigrantes, elaborando assim, fronteiras contra um bloco que tem como base a livre circulação de pessoas, justificando tal ato como meio de proteger a própria população contra a entrada de possíveis terroristas.          Em suma, cabe à ONU, Organização das Nações Unidas, estabelecer uma cota de imigrantes por país visionando uma distribuição da concentração estrangeira nos mesmos, além de analisar questões econômicas e socioculturais para garantir aos imigrantes uma boa qualidade de vida, e acima de tudo, fornecer meio para travessia do estreito de Gibraltar e do mar mediterrâneo por meio de embarcações seguras. É fundamental que o FMI, Fundo Monetário Internacional disponibilize recursos como forma de incentivo para os países que aderirem às medidas da ONU, estabelecendo um limite de acordo com a economia dos países europeus, e com a necessidade para o fornecimento de uma boa qualidade de vida para os refugiados