O deslocamento de indivíduos entre as diversas regiões do Planeta sempre foi algo presente ao longo da história mundial.A partir de 2010,no entanto,esses fluxos intensificaram-se de modo alarmante ,sobretudo,entre os habitantes do Oriente Médio e do norte da África,que são alvos de perseguições constantes.Diante disso,instaura-se uma instabilidade de dimensões globais:a crise dos refugiados.Esse é um triste cenário,em que pessoas buscam acolhimento em outros países,mas encontram dois principais dificultadores:a xenofobia e a mercantilização das relações. Em primeiro lugar,a xenofobia é um dificultador do acolhimento dos refugiados.Na Europa, a maioria dos seus países já alcançaram um bom desenvolvimento econômico e social,assim eles temem que a entrada de imigrantes abale essa estabilidade.Esse posicionamento,contudo, é resultado de um preconceito enraizado ,em que os europeus consideram os expatriados pessoas inferiores,que prejudicarão o continente deles.Os habitantes do velho mundo ,no entanto,precisam superar esse pensamento deplorável e reconhecer que aliado a um bom planejamento,os refugiados podem beneficia-los por meio de suas profissões,experiências e cultura. Em segundo lugar,a mercantilização das relações dificulta o acolhimento dos refugiados.Muitos países negam-se a receber os imigrantes ou a enviar recursos aos campos de expatriados,pois não veem lucro em tal atitude.Porém,quando trata-se de vidas ameaçadas a prioridade deveria ser o humanitário em vez do econômico.Essa postura de omissão ou transferência de responsabilidade é resultado da mentalidade pós-moderna,em que o individualismo é priorizado ,o que configura a sociedade fluida,defendida por Bauman,isto é,só interessa-se pelo que pode trazer benefícios,do contrário,ignora-se.Nesse sentido,os países precisam reverter tal lógica,de modo a valorizar ,ais corações do que cifrões;enquanto isso não ocorrer milhares de indivíduos continuarão a morrer em travessias oceânicas ilegais e a serem explorados por traficantes. Percebe-se,portanto,que a xenofobia e a mercantilização das relações dificultam o acolhimento dos refugiados.Para resolver tal problema,é importante que as ONGs se mobilizem de modo a conscientizar,por meio de peças teatrais,palestras e workshops,a população de países xenofóbicos sobre o enriquecimento que o contato entre culturas diferentes pode promover,a fim de mitigar o preconceito.Ademais,é fundamental que as agências internacionais,como a ONU,pressionem ,por meio de embargos econômicos ou multas,os países que negam-se a prestar ajuda humanitária ,bem como a receber uma cota preestabelecida de refugiados em seu território,para que vidas sejam,enfim,priorizadas.Assim,os expatriados poderão recorrer a lugares calmos e seguros.