Enviada em: 06/06/2017

Em 2011, centenas de pessoas foram às ruas para reivindicar mais liberdade, movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe. Nesse contexto de conflitos, surgiram grupos radicais contra o governo do ditador sírio Bashar al-Assad, o que gerou um constante estado de guerra no país. Diante disso, muitas pessoas tentam abrigo em outros países para fugir das guerras que ameaçam suas vidas. Entretanto, apesar da crise humanitária, há impasses econômicos, políticas e sociais que tornam outras nações mais propensas a recusarem a abertura de suas fronteiras para os refugiados.         É relevante discutir, primeiramente, que as questões políticas e o preconceito relacionado aos islâmicos, os quais predominam no grupo que tenta abrigo na Europa, são fatores que dificultam essa situação. Nessa perspectiva, os ataques terroristas nos países europeus, orquestrados pelo Estado Islâmico, gerou na sociedade uma sentimento de aversão a qualquer islâmico, por achar, erroneamente, que todos são terroristas e representam ameaça a segurança das nações. A exemplo disso, vários países da União Europeia (UE) recusam a entrada da Turquia no bloco, pois, por representarem uma livre circulação de pessoas entres os membros, com a nação turca na seria diferente. Logo, é importante combater esse conceito distorcido.       Vale acrescentar, por conseguinte, que os aspectos econômicos são quesitos que tornam os acordos entre potências mundiais e a ONU inconclusivos. Nessa direção, além da xenofobia, muitos países que receberiam os refugiados temem os gastos que teriam para mantê-los acolhidos, como alimentação, abrigo, educação e emprego, direitos esses que são básicos a todo indivíduo. Desse modo, diversas pessoas fogem de seus países e tentam entram em nações europeias pelo Mar Mediterrâneo, aglomerados em botes ou embarcações precárias, e enfrentando tempestades e exaustão, que levam muitos à morte. Prova disso, frequentemente, são encontrados corpos de sírios em praias italianas e turcas, os quais, lamentavelmente, não resistiram à viagem extremamente perigosa. Destarte, são cruciais ações humanitárias para aqueles que fogem da guerra.      É possível depreender, portanto, a importância de medidas que mudem essa situação. Dessa maneira, é fundamental que as ONG’s façam um trabalho social de acolhimento desses refugiados e promovam campanhas de doação de roupas e produtos não perecíveis que sejam destinados aos locais de alojamento, e auxílio de psicólogas que ajudem essas pessoas a se adaptarem a uma nova vida. Outrossim, é importante que o governo disponibilize empregos aos refugiados em parceria com empresas privadas, através de cursos técnicos e análises de currículos, a fim de garantir trabalho justo a todos. Assim, será possível mudar essas realidade.