Enviada em: 07/06/2017

O caminho até Pasárgada       Manuel Bandeira, no poema Vou-me embora pra Pasárgada, retrata o seu desejo de se mudar daquele lugar onde ele era infeliz. Partilhando deste mesmo desejo, o refugiado busca em outros países condições de paz e segurança para viver. Entretanto, as dificuldades não se encerram ao atravessar a fronteira, no Brasil os refugiados enfrentam problemas de prisma social como integração na sociedade e preconceitos de viés xenofóbico.       Uma vez em território brasileiro, o refugiado obtém a carteira de trabalho que o permite trabalhar e desfrutar dos mesmos direitos trabalhistas de um cidadão pátrio. Todavia, tendo em vista a hodierna crise econômica presente no país os empregos estão escassos, e a maioria dos cargos oferecidos são inferiores à formação do indivíduo e apresentam salários baixos, o que dificulta o acesso a moradia e serviços básicos para o bem estar do refugiado.       Somado a isso, o desconhecimento da população brasileira em relação ao refugiado acarreta situações de preconceito, haja vista que lhe é associado o conceito de terrorista ou fugido da lei simplesmente pelo fato do indivíduo procurar asilo em virtude de guerras e perseguições. Nesse contexto, muitas vezes o empregado sírio, por exemplo, é acometido com mais tarefas do que um empregado brasileiro dentro de um  mesmo estabelecimento.       Destarte, depreende-se que a falta de emprego e o preconceito potencializam as dificuldades do acolhimento de refugiados. Isto posto, O Estado precisa implementar políticas de acolhimento e integração do refugiado à sociedade. Somado a isso, o Ministério da Educação deve, através de cartilhas educacionais e publicações em mídias sociais, elucidar e desmistificar receios populacionais em relação aos refugiados. Assim sendo, essas pessoas poderão explorar seus potenciais humanos e contribuir para a cultura e o desenvolvimento nacional.