Enviada em: 24/06/2017

O período da Segunda Guerra Mundial levou grande parte da população à condição de refugiada, asilando-se em várias partes do mundo. Na contemporaneidade, podemos observar que as guerras no Oriente Médio - principalmente na Síria - têm preocupado cada vez mais, visto que o número de cidadãos em busca de refúgio não para de crescer. Perante este fato, torna-se relevante discutir os limites e condições de recepção dos indivíduos alheios à guerras em países não participantes de tais conflitos.     Primeiramente, é necessário destacar a condição precária das nações do Oriente Médio como colaboradora para a situação de desassistência. Na Síria, por exemplo, os principais destinos de populações em busca de asilo são os países árabes, por serem mais próximos. Esses países concentram cerca de 95% dos refugiados sírios, segundo dados do portal virtual "Politize". No entanto, eles possuem pouca ou nenhuma estrutura para receber tantas pessoas em um intervalo tão curto de tempo e por isso estão impondo regras para a recepção de refugiados cada vez mais rígidas. Desse modo, as pessoas acabam sendo forçadas à realizar travessias extremamente perigosas rumo à Europa.     É preciso analisar, também, a xenofobia como um dos principais motivos que favorecem a omissão de ajuda. Os refugiados que tentam adentrar em outros países sofrem preconceitos, pois há o receio de que o mercado de trabalho, a extensão de serviços públicos e os sistemas de benefícios do país se aplique a eles. Em junho de 2017, o jornal britânico "The Observer" revelou que militantes da extrema-direita europeia estavam em campanha para arrecadar fundos, os quais seriam direcionados para missões de sabotagem contra barcos de refugiados que se dirigiam à Europa. Desse modo, com a xenofobia cada vez maior, países como Hungria, França e Estados Unidos estão apelando para a construção de muros a fim de impedir a entrada de refugiados e imigrantes.   Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para um melhor acolhimento dos refugiados. Em primeiro lugar, A ONU (Organização das Nações Unidas) deveria selecionar países de maior estabilidade financeira e designar funções de auxílio como transporte seguro, alimentação adequada e inclusão social direcionadas às vítimas das guerras. Deveria-se também, em convergência com a mídia, elaborar e exibir palestras - nos países que se encarregarem deste auxílio - que abordem assuntos voltados à xenofobia e racismo, no intuito de conscientizar a população destas respectivas nações sobre a procedência correta no processo de recepção dos refugiados. Não se sabe até quando esses conflitos durarão, mas é indubitável que a empatia aos refugiados deve ser algo constante.