Enviada em: 30/06/2017

Uma das principais consequências da Segunda Guerra Mundial, no século passado, foi a fuga de milhões de pessoas de sua terra natal: os refugiados, que saíram de seus países para fugir de guerras, conflitos internos e perseguições. Atualmente, esse fenômeno vem crescendo em todo cenário mundial, milhares de pessoas são obrigadas a deixar seus países em busca de melhorias e ainda enfrentar as dificuldades de acolhida nos seus destinos. Logo, trata-se de uma questão que precisa ser resolvida.     Primeiramente, a tendência de crescimento no número geral de deslocados vem ocorrendo com mais força desde 2011, quando começou a guerra na Síria. O conflito que opõe grupos pró e contra o governo de Bashar al-Assad provocou a migração de cerca de metade da população do país, dos quais 5 milhões são refugiados. Essa batalha se transformou no maior evento causador de deslocamentos no mundo atualmente e um dado que nos preocupa é que as crianças representam mais da metade do total de refugiados do mundo. Além disso, a maioria enfrenta jornadas marítimas perigosas, que acabam naufragando e matando milhares de pessoas.Isso ilustra a mais grave crise migratória desde a segunda metade do século XX.   Todavia, para os refugiados as dificuldades não acabam após a travessia de fronteiras, nem se encerram os sofrimentos e lutas, pois muitos países Europeus, principais destinos dessas pessoas, adotam políticas de fechamento de fronteiras impedindo a entrada de milhares de indivíduos. Mas, se de um lado nações dificultam a entrada de refugiados, de outro, alguns adotam uma postura mais liberal e favorável ao acolhimento. O Brasil é o pais que mais acolheu refugiados sírios da América Latina, autorizando vistos especiais a eles desde 2013. No entanto, apesar da política de “portas abertas” aos refugiados, a política migratória brasileira não é considerada avançada, posto que, nossas leis ainda tratam o migrante como um problema de segurança nacional, sem levar em conta questões de direitos humanos. O que pode explicar isso é o fato de o governo suspender as negociações iniciadas com a União Europeia para receber mais refugiados sírios.   Em vista disso, medidas são necessárias para resolver o impasse. Inicialmente, além de facilitar a entrada de refugiados, é importante que o governo implemente uma política de acolhimento e atenção às necessidades específicas dessas pessoas, pautada pela reintegração para, dessa forma, conseguirem se restabelecer de forma digna no país. Ademais, é necessário uma conscientização popular a respeito da crise humanitária que assola o mundo, para isso o Ministério das Telecomunicações deve reservar um horário na Tv aberta onde explique a importância do acolhimento aos refugiados, condenando toda forma de preconceito e xenofobismo com os mesmos.