Enviada em: 02/11/2017

A empatia satisfaz, o acolhimento reconstrói        No processo de difusão, a substância do meio mais concentrado tende a ir para o meio de menor concentração. Isso implica a relação de interação e colaboração das células para estabelecer um equilíbrio nas soluções. Dessa forma aconteceu também outrora, onde o refúgio dos não aceitos ou inclusos na Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, era ir para outros países em busca de paz, como uma espécie do equilíbrio supracitado das células, nesse caso, na aceitação. Ainda hoje é possível visualizar situações parecidas no mundo moderno. Todavia, as dificuldades do acolhimento de refugiados revelam a resistência da recepção das Instituições Sociais e as importunidades no mercado de trabalho dos recém chegados. Assim, o desprezo, exclusão e falta de empatia acabam por gerar trauma, desnutrição e morte.        A fuga, talvez, vinda por guerras de motivos religiosos, econômicos ou étnicos conduz o ser a atitudes quiçá impensadas. E por esse motivo a trajetória transforma-se numa longa e difícil jornada. A esperança é a chegada receptiva em um novo lugar, porém a discriminação desses países dificulta o emprego dos novos indivíduos sociais, bem como a alocação deles na escola. Proveniente a isso, o número de analfabetos cresce junto ao índice de desempregados que vivem em situações precárias. Uma vez que, sem renda para conseguir moradia adequada, manter condições higiênicas e educação eficiente, tudo se torna um desafio.        Como dito por Zygmunt Bauman é visível o individualismo na pós-modernidade, e essa ação egocêntrica é a causa da construção de indivíduos refugiados revoltados, sem nutrição adequada ou até mesmo, entregues ao óbito. As condições advindas ainda podem ter por conseqüência famílias desestruturadas, condições psicológicas alteradas pela separação e/ou vivência, exigindo a necessidade de tratamentos psicológicos indisponíveis a eles.                Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. Destarte, cabe ao Ministério da Educação promover palestras nas escolas de ensino fundamental, médio ou superior, ministradas por representantes do Estatuto dos Refugiados, a fim de exporem a necessidade de acolhimento dos novos indivíduos imersos em terras brasileiras. Ademais, é papel das instituições religiosas e famílias, como grande influenciadora, pregar aos fiéis e filhos a precisão de espírito solidário e austeridade com os envoltos, em destaque, os emigrados. Por fim, pode-se ratificar com o filósofo Immanuel Kant que diz que “O ser humano é o que a educação faz dele”, logo sem a educação o alcance esperado se distancia.