Enviada em: 07/03/2018

Senhor da Guerra      Segundo Albert Einstein, a paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos. Entretanto, ao olhar para o panorama global, o cientista estaria desapontado, uma vez que a violência e desrespeito é presente, principalmente, no tocante aos refugiados. Isso porque, enfrentam dificuldades tanto às políticas de migração quanto a inclusão efetiva  em algum país que possivelmente o acolherá.      Em primeiro lugar, cabe destacar o comportamento dos países diante a problemática dos emigrados. De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vive-se hoje uma modernidade líquida puramente individualista. Isto é, onde a busca por interesses pessoais sobrepõem-se ao coletivo. O homem hodierno cada vez mais apático é indiferente ou inerte ao sofrimento de outrem. Dessa maneira, é compreensível a dura ofensiva de alguns países aos grupos de refugiados. Um exemplo que ilustra esse fato, é a lei anti-imigração que o presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu para proibir a entrada de refugiados no país.       Além disso, apesar dos emigrados serem admitidos em alguma nação, sofrem com as mazelas as quais são submetidos. Ao utilizar o conceito de Super Homem do filósofo Nietzsche, o ser superior seria aquele capaz de libertar-se das amarras, valores sociais de seu tempo. Todavia, não é isso o que ocorre, haja vista que muitos cidadãos são xenófobos para com os refugiados.  Outra questão é a demora por regulamentação de registro e de asilo político que prejudica a garantia de direitos desses em sociedade, tornando-os passíveis de exploração sexual ou trabalhista.       Infere-se, portanto, que a questão do acolhimento dos refugiados é preocupante. Por isso, cabe ao Estado revisar suas políticas públicas para acelerar a adequação de auxílios moradia, saúde e emprego garantindo assim seus direitos humanos. Ademais, é necessário que a escola ofereça cursos de línguas, bem como cursos profissionalizantes para a inserção efetiva desses no mercado de trabalho e também no ciclo escolar a fim de evitar eventuais abusos. Já a mídia em parceria com ONGs humanitárias podem através de campanhas e anúncios engajar os cidadãos para essa luta e incutir o respeito para desconstruir o preconceito. Só assim, consoantes tais medidas, a paz e a empatia será alcançada com o fim do Senhor da Guerra que ceifa vidas inocentes.