Enviada em: 27/08/2017

Sendo uma necessidade estrutural desde os primórdios da humanidade, a figura do Estado, como centralização da vontade popular, tem de se adequar às demandas contemporâneas. Entretanto, esse sistema encontra-se inoperante, devido à lentidão dos serviços prestados ao corpo civil. Tais falhas de conduta, remetem às mazelas sociais e ao lapso no controle de interesses públicos.    Lima Barreto, no romance Clara dos Anjos, personifica Cassi Jones como sendo expoente de uma corrupção social deflagrada e recorrente de sua época. Na atualidade, é exorbitante o índice de pessoas que têm seus comportamentos ainda semelhantes aos dessa personagem. Essa elevada taxa, deixa claro o nível de desordem e  caos que a sociedade está submersa, sendo reflexo da precária instrução da população, que é notório no número de questões judiciais. Pequenas desavenças entre vizinhos, patrões e empregados, parentes e familiares são dificultadas de uma solução pacífica e conciliadora pelo diálogo, tendo origem na frágil e delgada comunicação e colaboração entre os cidadãos.    Ademais, Michel Foucault posiciona o homem como refém de uma máquina burocrática moderna, onde aquele se vê sustentado nesta, na esperança de eficiência administrativa e melhoria substancial na vida em comunidade. Ainda assim, esse sociólogo prevê uma turbulência no manejo da estrutura do Estado, onde o judiciário não atende às urgências dos particulares. A vagarosa solução dos impasses e o acúmulo de processos escancaram a debilidade do complexo processual brasileiro.    É visível, desse modo, que o cidadão vem sofrendo com falhas governamentais e esse cenário tem de ser modificado. Investimentos públicos e  maciços em educação de excelência , trarão ao futuro do meio social um convívio mais harmônico e cooperativo, menos carente de disputas legais. Em proporção, o Sistema Judiciário tem de ser reformado, com criação de novos postos de trabalho, o que gerará empregos, a fim de acelerar questões processuais.