Enviada em: 28/08/2017

Segundo o ideário de Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Nesse sentido, se o poder que rege a justiça sofre empecilho, a sociedade regida por ele também passará por instabilidades. Apesar da sobrecarga de processos, como também a burocratização do sistema judiciário brasileiro, somado a falta de ética de alguns profissionais, faz-se necessário que medidas eficientes sejam tomadas. Dessa forma, melhorando a intervenção jurídica no país.   Em primeiro lugar, há falta de interferência definitiva sob práticas processuais, por vias alternativas, como por exemplo o PROCON ( Programa de Proteção e Defesa do Consumidor),que intercede em problemas relacionados ao consumo, seus direitos e deveres. Por conta disso, processos mais simplistas passam a receber assessoria com maior facilidade e rapidez, impedindo assim que a carga de processos cresça anualmente, atividade essa que deve ser colocada em prática para todas as vertentes jurídicas, não apenas para o consumo.   Em segundo lugar, a falta de ética e profissionalismo de alguns juristas, que recebem subornos para agilizar ou ate mesmo resolver processos imediatamente, pontua somente mais uma das dificuldades enfrentas. Validando assim, o conceito de Machado de Asis, que o homem é incapacitado de virtudes e valores. Somado a isso, a grande burocratização do sistema jurídico eleva em grandes número o acúmulo de processos, haja vista, a existência, em 2014, de 99,7 milhões de processos que tramitaram no judiciário do Brasil, ressaltando a ineficiência do sistema e de suas poucas medidas para reverter o quadro.   Referente aos fatos supracitados, faz-se necessário que medidas contra a falta de ética e profissionalismo, juntamente com o combate a burocratização e ao acúmulo de práticas processuais, sejam tomadas. A longo prazo, o Poder Judiciário pode aumentar a eficiência de órgãos, como por exemplo o PROCON, juntamente com a criação de novos interceptores para a resolução de casos mais simples, com a finalidade de reduzir a burocratização e o elevado número de processos juridicos. Em consonância, o Estado deve fiscalizar ações com conteúdos corruptos que mostram a falta de ética de alguns trabalhadores nas mais diversas variantes do Poder Judiciário, para que assim a eficiência do nosso sistema falho seja melhorada. Desse modo, afirmando o ideário de Aristóteles de que a justiça é a base da sociedade.