O papel da justiça é pacificar, afirma a ministra do STF Carmem Lúcia. Ao analisar o Poder Judiciário no Brasil, vê-se que ele está com problemas de gestão. E este é o reflexo de uma sociedade cada vez mais violenta e habituada em resolver suas controvérsias na Justiça. E por causa disso, a demanda de processos está cada vez maior, que somadas com a burocracia brasileira diminui ainda mais a velocidade dessas ações. A problemática em questão se dá pelo aumento de crimes, e isso passou a ser normatizado pelo social. A criação de delegacias especializadas, como a da mulher, não foram suficientes para diminuir a demanda processual. Outro aspecto importante é o hábito da resolução de problemas frente a uma autoridade judiciária. Os casos mais simples que poderiam ser resolvidos dialogando, ou em alguma agência reguladora, como o Procon, são encaminhados para o judiciário. Contudo, o problema está longe de ser solucionado. Pois a demanda é de 80 milhões de processos para apenas 16 mil juízes. No sistema carcerário é bem visível essa necessidade, nos últimos mutirões para a revisão das penas, mais de 20 mil presos já tinham cumprido seu tempo de reclusão e continuavam presos. Análogo a Inercia newtoniana está a Justiça brasileira, e parte da culpa é referida a burocracia exacerbada que ao invés de acrescentar uma força positiva, faz o contrário. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim, o MEC poderá investir em programas educacionais e palestras feitas por profissionais espacializados, como pedagogos e psicólogos, para a conscientização infanto-juvenil contra a violência. Educando as crianças não será necessário castigar os adultos, como afirmou Pitágoras. Já para os processos encaminhados, a convocação de novos mutirões nas diversas áreas judiciais é fundamental. Mas também, o aumento na fiscalização das agências reguladoras, por parte do Ministério da Fazenda. Para que assim, o pensamento de Aristotélico, a base da sociedade é a justiça, seja reproduzido com sucesso.