Enviada em: 03/09/2017

Vários anos antes de Cristo, na Mesopotâmia, os conflitos eram resolvidos facilmente, pois uma parcela dos casos eram julgados segundo a Lei de Talião, que consistia na punição do acusado na medida do seu crime. Atualmente, as leis tornaram-se mais sofisticadas e  justas, porém diferentemente da época mencionada, no Brasil, há uma demora em julgar os casos. Assim, o poder judiciário têm dificuldades, por causa do acúmulo dos processos, da burocracia e da falta de reformas do mesmo, os quais impedem que a justiça atinja os seus objetivos primordiais.        Nesse sentido, segundo o Conselho Nacional de Justiça cerca de 70% do tempo para julgar os processos é gasto com a parte burocrática, ou seja, a burocracia é a causa principal da demora dos julgamentos dos casos, e consequentemente, do acúmulo dos mesmos. Isso acaba também prejudicando todo o sistema democrático do país, por exemplo, em casos como violência contra a mulher, em que há uma espera demasiada para que o agressor seja culpado, a vítima acaba insegura e sem amparo, pois o indiciado pode continuar livre durante todo o processo e o seu advogado aproveitando-se da burocracia, pode ainda pedir mais recursos para aumentar o tempo de espera, isto chama-se de litigante de má fé.      Além disso, há uma resistência no Poder Judiciário em realizar reformas e modernizar-se, buscando medidas alternativas com o auxílio das tecnologias. O idealizador da Perestroika, Gorbachev, já dizia que “quem não muda com o tempo, é punido pela vida”, assim, torna-se evidente no meio jurídico a rigidez do sistema, pois já que foi incorporado desde da época colonial do Brasil, ainda vê-se  a justiça brasileira cheia de dogmas e até mesmo obsoleta nesse sentido, pois a inflexibilidade do judiciário representa apenas afirmação social do poder político, o qual tendem a manter o "status quo" (estado atual), insegurança e medo pelo novo, fato que outras potências mundiais já superaram.       Fica evidente, portanto, que é necessário mudanças no poder judiciário brasileiro para evitar a burocratização desnecessária e fazer com que a justiça atinja os seus objetivos. Nesse lógica, faz-se necessário as universidades prepararem o profissional do Direito para ser um pacificador, para que saiba resolver as questões levadas à justiça previamente e não aja de forma leviana, promovendo jornadas jurídicas, congressos e palestras, nas quais irão conscientizar os mesmos. Sendo relevante, ainda a criação pelo o Estado, dentro dos Tribunais, de Câmaras Especializadas em acelerar os julgamentos, através de medidas alternativas do Direito como mediação e conciliação, implantando ainda tecnologias para demarcar os processos e assim diminuir a burocracia.