Enviada em: 19/09/2017

É de conhecimento geral que o poder judiciário brasileiro vem passando por um cenário crítico de morosidade e falhas na segurança pública, tendo em vista que o número exorbitante de processos e a pequena quantidade de juízes delongam os julgamentos e trazem como consequência o descrédito por uma parcela da população na qual pratica linchamentos como forma de vingança.     É possível afirmar que o avanço no sistema legislativo e judiciário possibilitou uma maior socialização e racionalização humana, dessa forma a manifestação da justiça com as próprias mãos pode ser considerada um retrocesso da sociedade que a executa, uma vez que, abandona séculos de progresso e comporta-se como uma sociedade primitiva. Diante deste fato podemos afirmar que a justiça  não está mais atingindo os seus objetivos e está caminhando para um regresso.         Sabe-se que o brasil é um país onde a violência alcança patamares temerosos e nos últimos tempos, com a descrença na justiça o número de crimes por linchamento aumentou significativamente. De acordo com um levantamento feito pelo Datafolha pelo menos 173 pessoas foram linchadas no País este ano. Fortaleza é primeira no ranking, com, pelo menos, 14 casos.       Em vista dos argumentos apresentados é necessário que a justiça adote medidas alternativas para diminuir o número de processos a serem deliberados. O juiz deve redistribuir os processos que podem ser resolvidos por conciliação a um mediador habilitado e dessa forma aliviar o juízo comum dando maior ensejo às partes. É indispensável que a população reivindique melhorias nos sistemas judiciários e de segurança pública e é imprescindível que a mídia em conjunto com as ONG's conscientizem a população de que fazer justiça com as próprias mãos podem trazer consequências drásticas.