Enviada em: 25/09/2017

Atualmente, o judiciário brasileiro atravessa por inúmeros problemas, dentre eles são: a grande quantidade burocrática de processos, defasagem tecnológica das juntas, a falta de servidores para demanda de atendimento entre outros... É justamente esse “elevador processual”, como afirmou o ministro Marco Aurélio Mello durante debate, que o Supremo Tribunal Federal (STF), pretende encerrar com o julgamento de uma determinada ação penal, que vem pulando instâncias desde 2008.      Eventualmente, há leis que auxiliam no entrave de processos, o foro privilegiado é um exemplo disso. Segundo dados do próprio STF, acerca de 68% dos processos que possui foro estão parados ou em tramitação, acarretando um sentimento de impunidade e de desprestigio do judiciário. Além disso, juízes de primeira instância condenam réus que recorrem para instâncias superiores, sendo assim demoram ainda mais a resolução de processos.        Ademais, a falta de recursos tecnológicos resulta não só no acúmulo de papéis, mas a falta de comunicação entre servidores, advogados e juízes. Visto isso, em pleno século XXI, há poucas redes entre as comarcas, sendo assim falta agilidade na conclusão de vários processos. Um estado onde houve um crime de determinado autor, e este prover outro crime em outro estado dificilmente o mesmo juiz poderá penar sobre esses dois crimes.      Outrossim, há poucos servidores de fato habilitados para atender e resolver processos. O Brasil é carente de juízes e poucos delegam ou tem autonomia para resolver determinados casos. Todos esses fatores somados, à corrupção entre políticos e empresas, sistema prisional caótico e a crescente dependência da população sob o sistema judiciário, acarreta num “afogamento” de processos.        Portanto, segundo o ministro Luís Roberto Barroso do STF, "nunca forme uma opinião sem antes ouvir os dois lados", há falta de união entre os poderes demonstra há falta de interesse na resolução dos processos. O executivo e o legislativo devem estar em conjunto com o judiciário como rediz a constituição, aprovando leis que agilizem esses processos. Investimentos em tecnologia, para aumentar a comunicação e a formação de novos servidores e concursos públicos, são meios eficazes para a reformulação de um novo judiciário.