Enviada em: 09/03/2019

Ao longo da história, a humanidade já utilizou inúmeros objetos como moeda: búzios na Arábia, sementes nas Ilhas Salomão, conchas na Suméria. Hodiernamente, no mundo globalizado, as relações econômicas continuam a sofrer grandes mudanças causadas, sobretudo, pela ascensão das criptomoedas. Nesse cenário, é possível perceber não só a falta de conhecimento da sociedade civil, mas também o crescimento do mercado negro.                       Deve-se pontuar, de início, que a educação financeira deficitária da população caracteriza-se como um fator excedente. Segundo A. Schopenhauer, os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca. Diante dessa perspectiva, se as pessoas não têm acesso à informações confiáveis em mídia aberta sobre os prós e contras do uso das moedas virtuais, sua visão será limitada. Sendo assim, tal tecnologia se torna inalcançável para grande parcela dos brasileiros, o que é extremamente excludente.               De outra parte, o uso desta nova modalidade de dinheiro possibilitou caminhos para o crescimento do mercado ilegal. Sob esse viés, durante a Guerra Fria, a queda da União Soviética expressou a vitória eminente do bloco capitalista ocidental, com o fim da bipolarização global se iniciou a globalização. Associado a popularização dos meios de comunicação, o mercado negro online emergiu e, atualmente, após o surgimento dos ''Bitcoins'' - a criptomoeda mais conhecida, se fortaleceu, pois essa moeda é o principal meio de contrato de tal atividade. Dessa forma, a revolução das relações econômicas contemporâneas favoreceu um dos mais graves problemas da humanidade: o tráfico.           Torna-se imperativo, portanto, que medidas sejam tomadas para que a revolução das criptomoedas seja favorável para o Brasil. Em razão disso, a mídia, por meio de propagandas em canais abertos, deve citar questões relevantes a respeito do uso das moedas virtuais, com fito de elucidar a sociedade civil. Outrossim, o Ministério da Educação, por intermédio de uma alteração no currículo escolar estudantil, deve inserir a disciplina Educação Financeira e Informática no Ensino Médio, de modo que o povo não seja afetado negativamente pela mudança das relações econômicas.