O triunfo do Capitalista e os avanços da ciência e tecnologia trouxeram transformações na sociedade hodierna. Nesse contexto, de acordo com o sociólogo Zigmunt Bauman, as relações pessoais transformaram-se em liquidas, o que contribui para o surgimento de uma sociedade de relacionamentos superficiais, o que se deve a fatores como apelo a lógica do consumismo e dos relacionamentos em rede. Primeiramente, destaca-se, que as relações pessoais na Modernidade Líquida se alteram drasticamente ao ponto de entrarem na mesma lógica do consumismo exagerado. Por exemplo, da mesma forma que se compra um objeto, e esse rapidamente deixa de satisfazer uma necessidade e é jogado fora, descartam-se as amizades. É como usar um copo de plástico que velozmente vai para o lixo. Ou seja, as pessoas começam a se tratarem como objetos. Além disso, se comportam como se estivessem colocando um produto para vender na internet, escolhem as suas melhores fotos para postar na rede social, comentam as suas principais qualidades. Aliás, outro aspecto importante, é a alteração dos relacionamentos, que começam a seguir a mesma lógica das redes sociais. Ou seja, superficialidade nos relacionamentos, já que você tem um alcance maior, porém, os relacionamentos são mais superficiais. Neste sentido, Bauman comenta a existência dos amigos de Facebook, onde existe uma facilidade de desconectar uma pessoa de seu círculo de amizade sem o incomodo de dar explicações, sem olhar nos olhos da pessoa para falar o porque. Sendo assim, cabe as famílias, juntamente com as organizações sociais, como escola e igrejas, discutirem abertamente sobre a necessidade de mantermos relacionamentos saudáveis, de forma que desde de sua infância, os indivíduos sejam capazes de estabelecer vínculos emocionais, duradouros e afetivos. Também, cabe orientar os alunos, por meio de palestras sobre os perigos do uso excessivo de redes sociais como o único meio de fazer amizade, de forma à assegurar que os esses possam interagir de maneiras alternativas.