Enviada em: 24/02/2019

A modernidade líquida se assemelha ao pensamento individualista e às incertezas do futuro provocadas pelas mudanças constantes. Sobre esse viés, pode-se notar que as relações pessoais estão cada vez mais superficiais. Ademais, as pessoas estão cada vez mais propensas à instabilidade emocional, decorrente do medo do futuro. Com o objetivo de amenizar a situação devem-se tomar medidas para promover o pensamento solidário entre os indivíduos.        Nesse contexto, percebe-se a superficialidade das relações pessoais se relacionam com a modernidade líquida. A mudança nessas relações está vinculada às redes sociais, que as tornam volúveis, superficiais e individuais, pois, apesar de criarem contatos virtuais, não incentivam o sentimento de afeto ou coletividade, ao contrário, facilitam a propagação do pensamento individualista, como exemplos, os “selfies” diários, fotos de um objeto caro ou com uma personalidade famosa.        Nessa mesma perspectiva, pode-se citar a história retratada no filme “Her”, no qual Theodore, um homem solitário, se apaixona pelo seu sistema operacional. Tal enredo leva à reflexão de que com a invisibilidade do meio virtual, novas formas de relacionamentos começam a surgir. No filme, pode-se observar pessoas gesticulando e conversando com seus sistemas operacionais e, embora as ruas estejam lotadas, cada um age como se estivesse sozinho. Assim, relações superficiais e individualistas podem gerar inconstâncias emocionais, como a de Theodore, que acredita que a sua conexão virtual é mais importante do que a com outras pessoas.         Outrossim, observa-se que há uma instabilidade emocional presente na maior parte da população do Brasil, derivadas do temor aos possíveis caminhos de suas vidas. Ultimamente os jovens se encontram cada vez mais pressionados a estarem atualizados em relação às sucessivas mudanças, com incertezas sobre o desemprego causados pela modernização. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF) as máquinas devem eliminar 7,1 milhões de empregos durante os próximos cinco anos, nas maiores economias mundiais.       Desse modo, compreende-se a necessidade de que as escolas, com o apoio da família, ensinem as crianças a terem relações pessoais verdadeiras e consequentemente duradouras, por meio de conversas, palestras e trabalhos que mostrem a importância da estabilidade nos relacionamentos interpessoais. Outro aspecto relevante é a necessidade de o Governo, em parceria com as instituições escolares, incentivarem nas crianças o pensamento coletivo e solidário para com os outros. Não só com palestras, mas também com ações solidárias e com a implantação de apoio psicológico nas escolas, com o intuito de ajudar os jovens que se veem pressionados e instavelmente emocionais.