Enviada em: 26/03/2018

Na sociedade contemporânea encontra-se às seguintes idiossincrasias: efemeridade; instantaneidade;  individualismo. Tais características fazem parte do que o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, chama de sociedade moderna líquida. A otimização da tecnologia, em particular o advento da internet, somado ao falso parâmetro de felicidade através do consumo e ostentação são alguns dos fatores responsáveis por essa tal chamada liquidez.    O uso da internet hodiernamente como um objeto que, encurta as distâncias e aumenta as relações entre nações, tem sido imprescindível visto que o fenômeno da globalização paira sobre o mundo. Contraporem, ela também trouxe uma problemática para os adolescentes e jovens adultos com a criação das redes sociais. Simon Sinek, autor e escritor Britânico Americano, diz que a geração Z, pessoas nascidas entre 1990 e 2010, tem tido problemas com o desenvolvimento de mecanismos de comunicação interpessoal devido as interações nas redes sociais, isto é, a possibilidade de selecionar quando e com quem se relacionar na internet tem tido impacto na formação social do indivíduo.    Ademais, estudos realizados nas universidade de Harvard nos Estados Unidos e na Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul na Coréia do Sul, demonstraram que o simples uso da internet, e principalmente das redes sociais, liberam um hormônio chamado de dopamina, substância que atua em algumas áreas do sistema nervoso como a sensação de prazer durante certas atividades como sexo, ingestão alcoólica e uso de drogas. Isso se torna um problema uma vez que forma-se uma sociedade de jovens sem meios de lidar com situações de stress sem recorrer à vícios, e algumas das consequências são diminuição da autoestima em relação às gerações prévias, aumento na taxa de homicídios e suicídios e o desenvolvimento de distúrbios mentais como a depressão.    Fato é, portanto, que com a transição da sociedade sólida à sociedade líquida, alguns problemas no âmbito da formação social da nova geração foram surgindo como: aumento da depressão, baixo autoestima e problemas para socialização tanto no habitus primário quanto nos subsequentes. Nesse contexto, é crucial que o governo em união com a sociedade evite e mude este cenário adotando estratégias educacionais como palestras por especialistas na criação e desenvolvimento apropriado da criança e do adolescente, conscientização por meio de materiais didáticos os malefícios que o uso precoce das redes sociais trazem aos jovens, para que assim amenizemos os efeitos dessa transição em nossa sociedade.