Enviada em: 17/08/2018

É de conhecimento geral que a transição demográfica, estágios em que a população civil tende a envelhecer, já é presente em sua última fase nos países da Europa, visto que, maioritariamente, a sociedade é idosa. Nesse viés, a realidade presenciada no Brasil não é diferente, pois nota-se que a transição está em andamento, aumentando significadamente, o número de idosos. No entanto, o despreparo do Poder Público é notório, pois políticas assistencialistas, à terceira idade, são ínfimas e urgem melhorias no cenário.    Em primeira análise, deve-se salientar que, análogo ao crescimento da expectativa de vida, cresce os custos orçamentários destinados aos idosos como aposentaria, por exemplo. Entretanto, medidas governamentais, como o aumento da idade produtiva, no intuito de cobrir esses custos, negligência totalmente os contrastes presenciados nas regiões brasileiras, pois a diferença entre expectativas de vida é discrepante. Exemplo disso, são dados divulgados pelo IBGE, de 2017, afirmando que a diferença entre expectativas de vida em Santa Catarina e Maranhão chegam a quase 9 anos, nota-se, portanto, o prejuízo dessas políticas para os maranhenses.    Além disso, vale pontuar que a assistência da  saúde pública para a sociedade é precária, agravando ainda mais a situação dos idosos, pois sabe-se que é imprescindível o acesso a medicamentos e consultas periódicas na terceira idade. Nesse contexto, o gasto com remédios e plano de saúde acabam comprometendo a aposentadoria desses idosos, o que deveria ser evitado com uma saúde pública de qualidade.    Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Estado e Ministério do Trabalho, tendo em vista que será estipulado um aumento da idade produtiva, condizente com a perspectiva de vida de cada região brasileira, no intuito de não haver injustiças nesse âmbito. Ademais, é de suma importância que o  SUS crie políticas de acesso à saúde eficientes como marcação de consultas prioritárias e por telefone para a terceira idade, haja vista um menor desgaste desses cidadãos, paralelamente à melhoria na qualidade de vida.