Enviada em: 03/10/2018

No século XX ocorreu as chamadas revolução médica e revolução verde, fenômenos responsáveis pelo aumento na expectativa de vida ao redor do Planeta, pois foram responsáveis por disponibilizar mais alimentos e possibilitar curas para doenças antes incuráveis. Nesse contexto, a sociedade brasileira aumentou sua expectativa de vida, porém, no Brasil ainda há muitos problemas a serem enfrentados relacionados à questão. Desse modo, medidas acertadas precisam ser estabelecidas antes que envelhecer no Brasil se torne um motivo de preocupação para a sociedade.   Em primeira análise, não se observa nos brasileiros das classes menos abastadas o mesmo aumento da expectativa de vida que os mais ricos, isso se deve devido a grande desigualdade social existente no país. Nesse sentido, o Estado pouco faz para melhorar as condições de sobrevivência dessa parcela da população. Segundo denúncia publicada em grandes mídias do Brasil, como a revista Veja, os brasileiros que precisam passar por procedimentos médicos e não têm condições de arcar os custos da medicina particular, são colocados em filas de espera de meses ou até mesmo anos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Portanto, muitas vezes, devido ao descaso do sistema público de saúde, pessoas morrem precocemente.   Outrossim, a aposentadoria passou a ser motivo de preocupação para os futuros idosos, pois o País não gerencia de maneira adequada os recursos destinados a esse fim. Sabe-se por dados publicados pelo Governo, mais de 300 bilhões de reais do recurso da União é repassado para a aposentadoria, um valor pouco abaixo do arrecadado pelos contribuintes. Tal fato é um grande problema ao se levar em conta que o Brasil passa por um processo em que a tendência é que as novas gerações tenham menos filhos e que vivam mais. Portanto, o número de contribuintes tenderá a diminuir com o tempo, enquanto o número de indivíduos com o direito aos recursos da previdência aumentará, o que gera dúvidas sobre a sustentabilidade da previdência brasileira.   Como se observa nos fatos supracitados, apesar de no geral a sociedade brasileira ter apresentado um aumento na expectativa de vida, ainda há problemas a serem enfrentados quanto a essa questão. Diante disso, o Estado deve adotar medidas que diminuam o risco do sistema da previdência colapsar, por meio de uma reforma da previdência que busque reinvestir parte do arrecadado pelos contribuintes em investimentos que geram mais receita que a inflação. Com tal medida, busca-se que com o tempo o programa deixe de ser literalmente um repasse de verba do contribuinte para o idoso contemplado. Ademais, a União precisa aumentar as verbas destinadas a saúde pública, objetivando prover que os pobres também se beneficiem do fenômeno do aumento de esperança de vida. Somente dessa maneira o Brasil proverá um envelhecimento saudável para a sua população.