Enviada em: 09/10/2018

De acordo com o artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos são iguais em dignidade e direitos. Dessa maneira, é essencial analisar as consequências do aumento da expectativa de vida no Brasil, visto que esse processo, caso não seja previamente discutido, pode vilipendiar os indivíduos de adquirirem direitos fundamentais. Nesse sentido, é imprescindível notar que os impasses referentes a esse tema se relacionam não somente às questões pecuniárias, mas também sociais na contemporaneidade.      Em primeira análise, é indubitável que o aumento da quantidade de idosos promove maiores gastos públicos não só com a previdência, mas também com a saúde, visto que esses indivíduos fazem parte da população economicamente inativa. Segundo Adam Smith, filósofo liberal, uma conjuntura econômica adequada é primordial para o bom desenvolvimento da sociedade. Desse modo, o crescimento do número de pessoas mais velhas, caso não for ostensivamente discutido e organizado politicamente, pode ocasionar prejuízos para o país, haja vista a elevação do gasto com a aposentadoria, bem como com medicamentos, muito mais utilizados nessa faixa etária.      Em segunda análise, é possível notar que o aumento da esperança de vida, no Brasil, acarreta diversas questões sociais, tendo em vista o crescimento da quantidade de indivíduos que necessitam de mais cuidados especiais. Na Roma Antiga, os idosos eram dotados de grande prestígio social em detrimento dos mais jovens. Na contemporaneidade, entretanto, as pessoas mais velhas sofrem diversos tipos de preconceito e são, muitas vezes, vilipendiadas pelos membros familiares. Dessa maneira, é imprescindível que se busque meios de promover não apenas maior independência, como também notoriedade dessa faixa etária na população.      Medidas são necessárias, portanto, para modificar esse cenário nefasto e mitigar os impasses relacionados ao aumento da expectativa de vida no Brasil. O Governo, associados às instituições de ensino, deve promover a valorização dos idosos na sociedade, por meio da implementação de palestras elucidativas, com a participação de psicólogos e profissionais especializados, que possam instruir as pessoas desde jovens acerca da importância de garantir prestígio e respeito aos idosos para que possa existir, assim, maior qualidade de vida para todos. Desse modo, será possível constituir uma sociedade com maior isonomia e garantir, de maneira mais eficaz, os preceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos na população.