Enviada em: 28/05/2019

Nas sociedades antigas, como as romanas e incas, ser ancião configurava uma posição de respeito e de privilégio sobrenatural. Mas atualmente envelhecer tem sido acompanhado pelo sentimento de preocupação, já que os sistemas públicos não conseguem acompanhar as mudanças da pirâmide populacional.        Para Simone Behaviour, a velhice denuncia o fracasso da civilização. E isso pode ser notório ao perceber que os idosos estão passando mais tempo sobre leitos hospitalares, se alimentando por tubos e perdendo sua independência física, social e emocional. As doenças infectocontagiosas comuns na juventude tomam lugar para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), mas o investimento para a prevenção de tais doenças é negligenciado pelo sistema de saúde. Dados publicados pelo IBGE denota que aproximadamente 75% dos idosos possuem algum tipo de DCNT, ao passo que destes, 70% dependem do Sistema Único de Saúde.      O estatuto do idoso no artigo 2 assegura o pleno direito destes a preservação da saúde, seja física ou mental. Mas o que se encontra são idosos em fila de espera para aquisição de medicamentos, próteses e cirurgias. O Brasil não se encontra preparado para essa transição epidemiológica, uma vez que o número de geriatras também é reduzido. O que deveria ser uma qualidade de vida de pleno gozo, torna-se um ciclo vicioso da inobservância das políticas públicas em perceber que o Brasil está envelhecendo com doenças preveníveis, o que poderia demandar menos recursos financeiros. Em 2030 o país terá a quinta população mais idosa do mundo, mas deverá está preparado para atender essa diligência.     Destarte, é necessário que o Ministério da Saúde promova um adequado tratamento para os portadores das DCNT, além viabilizar ações de prevenção de tais doenças no âmbito das Unidades Básicas de Saúde através de grupos educacionais iniciadas com o público jovem. Em adição, deve-se utilizar das redes sociais como veículo de promoção a saúde.