Enviada em: 27/10/2017

No século XX, ocorreu uma revolução no fenômeno da longevidade ocasionado, principalmente, pelos avanços da medicina e da expansão dos serviços de saneamento básico. No Brasil, houve um aumento da expectativa de vida em mais de 20 anos. Entretanto, os anos mais, conquistados pela população idosa, implicam maiores desafios, principalmente os ordem socioeconômica e do convívio familiar.    O processo de transição demográfica brasileiro não tem sido acompanhado de mudanças socioeconômicas capazes de melhorar a qualidade de vida do idoso. Nesse sentido, os programas de saúde pública destinados aos idosos são insuficientes e não se pautam na prevenção de doenças ocorridas na velhice. Além disso, os empregos das pessoas mais velhas têm sido substituídos, cada vez mais, por pessoas mais jovem. Nesse contexto, a maior longevidade significa conviver por mais tempo com doenças crônicas, problemas de moradia e baixa renda. Outrossim, apesar da existência do Estatuto do Idoso, seus direitos são constantemente violados pela sociedade além de serem negligenciados pelas autoridades devido à falta de políticas públicas que integrem esse indivíduo à sociedade.           Ademais, cabe ressaltar que com o avanço do capitalismo houve uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho e as famílias se tornaram cada vez menores. Isso gera um desafio no convívio familiar e no acolhimento do parente idoso, uma vez que, antigamente, as mulheres, donas de casa, eram as responsáveis pelos cuidados dos mais velhos. Dessa forma, constata-se que as pessoas não estão preparadas para lidar com idosos doentes ou dependentes, no contexto atual. Aliás, nem o próprio idoso aceita, muitas vezes, a sua perda de autonomia ou limitação.          Torna-se evidente, portanto, proporcionar ao idoso uma melhor qualidade de vida para mantê-lo ativo e integrado ao ambiente familiar e social. O Ministério da Saúde, por meio do SUS, deve implementar um programa que acompanhe todo o ciclo de vida do indivíduo, com ações de prevenção de doenças e incentivo à atividades físicas, com a finalidade de promover um envelhecimento saudável da população. Paralelamente, as ONGS, em parceria com a comunidade escolar, devem promover atividades que integrem jovens, adultos e idosos com a finalidade de melhorar o convívio entre gerações e prepará-los para a nova realidade. Com essas medidas, teremos idosos mais saudáveis e autônomos além indivíduos que saberão lidar com a longevidade.