Enviada em: 23/01/2018

De acordo com dados do IBGE, a expectativa média de vida para o brasileiro apresentou um aumento. De fato, os avanços na área médica, as melhorias no ambiente urbano e o crescente índice de formação escolar, de modo geral, têm possibilitado a ocorrencia desse fenômeno demográfico, o qual, no Brasil, é desafiador porquanto falhas na aplicação de políticas públicas vão de encontro ao envelhecimento saudável da população.  Impasses, como a falta de qualidade do serviço de saúde pública e a carência de locais de recreação, são desafios que afligem a terceira idade. Observa-se, nos últimos anos, uma revolução no tratamento de doenças, todavia, a prevenção de muitas destas não é do mesmo modo observada, como aquelas que possuem alguma relação com o sedentarismo. Nesse sentido, há cidades que não dispõem, homogeneamente, de parques e praças com recursos para a prática de atividades físicas.  Consequentemente, a terceira idade fica mais vulnerável a problemas psicossomáticos. Devido a uma prevenção ineficaz, os idosos mostram-se mais sujeitos a doenças, o que culmina com a grande procura por hospitais. Ademais, por não haver locais apropriados, muitos idosos sentem-se desmotivados a praticarem exercícios físicos em grupo, o que, dessa maneira, pode desencadear distúrbios, a exemplo da depressão, pois as relações interpessoais ficam prejudicadas.  Diante disso, infere-se que, de fato, a população brasileira está vivendo mais, porém, sem qualidade. Logo, a fim de evitar o surgimento de doenças que costumam acometer os idosos, compete ao Ministério da Saúde investir mais em medicina preventiva, oferecendo serviço qualitativo. Além disso, cabe aos gestores municipais disponibilizarem opções de lazer para todos. Assim, haverá benesses para a sociedade, e a trivial associação de que velhice é sinônimo de doença será refutada.