Enviada em: 25/01/2018

Estigma       Embora o envelhecimento seja um processo natural e inerente ao ser vivo, no Brasil, mesmo com o aumento da expectativa de vida em quase 30 anos (dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), tal processo ainda não pode ser considerado natural e saudável, visto que a velhice ainda é tratada como tabu devido as questões históricas e os meios de comunicação do país.       Historicamente, há várias visões em relação à velhice, civilizações orientais tratam os anciões com respeito e sinônimo de sabedoria. O Cristianismo, trata como pecado - Santo Agostinho, equiparou como castigo visto que Adão que não quis a vida eterna. Já a sociedade ocidental, como obsoleto e inútil, esta é a visão formada pelo Brasil, que somente com a criação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o idoso começa a ganhar um enfoque especial e tenta eliminar a esteriótipo negativo do idoso.           A estereotipização negativa do idoso é ratificada pelos meios de comunicação diariamente, programas de auditório mostram velhos fazendo brincadeiras inconvenientes em shoppings e nas ruas, filmes e novelas criam um idoso como um ser incapaz e inferior; ou seja; uma espécie de objeto feio, incômodo, inútil e desprezível, como no texto "A velhice" - de Simone de Beauvoir bem como no livro de O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde;  que luta para se manter jovem e belo, remetendo as influencias do ideal grego de beleza, muito aplicado no cotidiano brasileiro.       Apesar do aumento da expectativa de vida no Brasil, ainda são necessárias políticas públicas imediatas que valorizem e igualem o idoso como um ser semelhante a jovens e adultos, tais políticas devem ser aplicadas nas escolas através de aulas de cidadania para que o idoso seja reconhecido como um ser humano e não um objeto e, em paralelo, as aulas é importante que o governo juntamente a ONG´s de amparo a idosos criem mobilizações de conscientização para que se extinguam a discriminação e o estigma implantados pelos meios de comunicação, que tais mobilizações originem cidadãos mais conscientes para que saibam distinguir o que é entretenimento da bizarrice em expor um idoso em situações inconvenientes.