Enviada em: 04/05/2018

O ser humano refrata-se ao refletir-se no outro, de acordo com o filósofo Mikhail Bakhtin, que defende com veemência princípios de empatia e alteridade. De forma análoga, a questão da criminalidade entre os jovens no Brasil, assenta-se nesses valores humanos de suma importância, pois tal fato é um problema social e requer a mobilização de todas as esferas da sociedade. Dessa forma, urgem medidas que erradiquem esta chaga que tem como principais causas o consumismo e a ausência de uma educação estimulante.    É fundamental pontuar, de início, o consumismo como fator impulsionador da criminalidade. De acordo com os filósofos Adornor e Horkheimer, a indústria cultural estimula o modo de fazer cultura a partir da lógica da produção industrial, isto é, o ter ao invés do ser. Seguindo esta linha de raciocínio, os indivíduos são bombardeados, diariamente, com publicidades que apelam para o lado materialista, induzindo os receptores ao consumo desmedido o que leva o jovem a entrar na criminalidade para adentrar no padrão capitalista, onde a felicidade, às vezes, perpassa na obtenção dos bens materiais. Assim, nota-se a necessidade do combate as propagandas.    Outrossim, vale ressaltar, ainda, a ausência de uma educação estimulante como motivo gerador. Segundo Paulo Freire, sem a educação não há mudanças na sociedade, ou seja, é inexorável educar a população. Nesse viés, a falta de uma educação motivadora e que impulsione a particularidade de cada um contribui para evasão escolar e como consequência o aumento da taxa dos jovens na marginalidade, pois a falta de políticas públicas efetivas nessa área e a inexistência de cursos profissionalizantes enfraquecem o ensino. Dessa maneira, faz-se necessário o investimento na educação bem como o seu estímulo.    Destarte, é mister que medidas sejam tomadas para combater o consumismo e a educação deficitária. Para tanto, o Estado deve combater as publicidades, que visam apenas o consumo exacerbado, por meio da fiscalização a fim de evitar o estímulo da compra sem necessidade. Ademais, o Ministério da Educação  precisa tornar o ensino mais atrativo, além de criar cursos profissionalizantes para os jovens, mediante o direcionamento de verbas para a área de ensino, dessa forma o adolescente ocupará o seu tempo e ao término sairá capacitado para o mercado de trabalho. Dessa maneira, tornar-se-á ínfima a criminalidade no Brasil.