Jorge Amado, em seu romance "Capitães de Areia", ao retratar o dia dia de menores abandonados que sobrevivem de roubos e furtos em Salvador, denunciou um problema atemporal da criminalidade juvenil. Sob tal ótica, é possível destacar tal realidade fora da literatura, atualmente, na sociedade brasileira. Assim, logo se observa os meios que influenciam o aumento de infrações, como a educação precária e a falta de apoio aos ex-internos. Um aspecto a ser considerado remete, primeiramente, ao cenário das escolas que pouco oferecem oportunidades de estudos adequados, por meio de materiais didáticos e estrutura física, para os jovens. Ademais, é visto que diversos centros educacionais públicos, os quais milhares de estudantes de baixa renda frequentam, possuem alta evasão escolar devido a estrutura inadequada oferecida a eles.Em adição, soma se esse problema com o desvio de atividades de um estudante para uma prática criminosa. Sendo assim, é possível comparar algumas escolas, com a gaiola do conto de Rubens Alves ''Gaiolas e Asas'', a qual simboliza como um ambiente impróprio, para o ensino da arte de voo. Outrossim, é a questão da inexistência de apoio para aqueles que saem do internato de reabilitação após a sua recuperação. Além disso, percebe se que milhares de adolescentes , depois desse período buscam meios para sobreviver, e acabam voltando para o espaço da criminalidade com roubos e uso de drogas, pois os mesmos não possuem em sua maioria uma base familiar para ser ajudado. Desse modo, é necessário que todos os órgãos sociais trabalhem juntos. Isso pode ser obtido por meio do Ministério da educação que agirá com o recurso do fundo rotativo escolar, para melhorar pequenas falhas do ambiente, com o intuito de criar um espaço agradável para os estudos dos menores. Por fim, é importante que o Governo atue através dos programas de proteção aos adolescentes, os quais agiram por meio averiguação externa desses, em seus lares e ajudaram com suas necessidades diante da volta regular para a sociedade, com ajudas escolares e trabalhistas.