Enviada em: 04/07/2018

Na longa-metragem "A Cidade de Deus", a obra expõem a realidade de crianças e adolescentes que se envolvem no crime desde muito cedo. À vista disso, o filme deixa implícito todos os fatores que corroboram esse feito, como a falta de educação, saneamento e a própria ausência familiar na construção do indivíduo. Nesse sentido, o aumento da taxa de criminalidade entre jovens se deve, principalmente, pela passividade do Estado e da família na vida desses cidadãos.             Em primeiro plano, os índices de crimes cometido por jovens são inversamente proporcionais aos investimentos em educação, ou seja, quanto menor a participação da escola na comunidade, maior será a criminalidade. Isto posto, o atual presidente Michel Temer, em uma atitude patética, aprovou o corte de gastos na educação, por conseguinte, segundo portal UOL, no ceará 30,9% dos homicídios são cometidos por cidadãos entre 16 e 17 anos, reforçando a ideia de que quanto menos investimento nas escolas, maior a marginalidade .Dessa maneira, percebe-se a correlação entre criminalidade e falta da educação e isso tudo por causa do Estado e o seu menosprezo pelo bem-estar da sociedade, o qual ignora o fato da juventude ser corrompida pela imoralidade e, ainda assim, cortar "gastos desnecessários".               Ademais, uma parcela da culpa também se deposita na estrutura familiar. Desse modo, de acordo com a teoria "Fato Social" do sociólogo Durkheim, o pensamento coletivo é dotado de generalidade, exterioridade e coercitividade, isto é, o indivíduo tende a adquirir hábitos por vivência em grupo. Dessa forma, em uma família onde a violência é rotina e a moral e a ética não são discutidas, a tendência é que esse cidadão normatize agressões e atos imorais, como a venda de drogas, roubo e até assassinatos. Logo, a participação dos pais na construção moral é necessária.                 Entende-se, portanto, que cabe ao Estado aumentar os investimentos em políticas educacionais e ,também, oferecer apoio as famílias para construção de uma estrutura familiar adequada. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação, junto à Secretaria de Assistência Social, por meio de palestras nas escolas, incentivar o diálogo entre alunos e pais sobre ética e moral, além de discutir sobre o afeto e a coesão desse grupo, pois um jovem bem esclarecido e bem amparado se torna menos um alvo da marginalidade. Além disso, cabe, também, ao Ministério da Educação, por intermédio de mais investimentos, aumentar a qualidade de ensino, assim como sua infraestrutura, planejando melhores ambientes com cadeiras confortáveis, climatizadores e telas digitais interativas, para que atraia cada vez mais o interesse dos adolescentes na  sua formação pedagógica, incentivando cada vez mais a ideia de um futuro promissor através dos estudos.